Maduro acusa Colômbia de planejar ataque contra líder do Congresso

Folhapress
Publicado em 30/05/2013 às 21:55.Atualizado em 20/11/2021 às 18:43.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, denunciou nesta quinta-feira (30) uma tentativa do governo colombiano para "dividir a revolução" do país e assinar o presidente do Parlamento, Diosdado Cabello. 
 
A acusação do que Maduro chamou de "operação psicológica" foi feita após o encontro do líder da oposição, Henrique Capriles, com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos. 
 
"Uma operação psicológica está destinada, de Bogotá, a dividir as forças revolucionárias, a enfraquecer a democracia da Venezuela, dirigida por mentes perversas dedicadas à guerra suja, à guerra psicológica contra a pátria, e fizeram o companheiro Diosdado Cabello de alvo", afirmou Maduro. 
 
Maduro não deu detalhes sobre o plano, mas afirmou que o objetivo do esforço é buscar o assassinato moral de Cabello e, em seguida, o sua morte física. Em seu discurso para as forças militares, o presidente venezuelano pediu para que se mantenham em alerta. O presidente venezuelano discursou em um evento das forças militares. 
 
"Aquele que cometer o erro de tentar entregar sua pátria e mover forças inimigas da pátria no exterior terá de se entender com as leis venezuelanas", reforçou Maduro. 
As declarações de Maduro foram feitas um dia depois de Capriles ter se reunido com Santos e com congressistas colombianos, aos quais pediu apoio para a realização de uma auditoria eleitoral na Venezuela. 
 
Desde quarta-feira (29), a reunião de Santos e Capriles tem gerado reações no país, por meio de entrevistas de Cabello e do chanceler Elías Jaua. 
 
O ministro das Relações Exteriores anunciou que pretende rever a participação do país nos diálogos de paz entre a Colômbia e a guerrilha das Farc sob mediação cubana. Já Cabello condenou a reunião, afirmando que se colocou "uma bomba nas boas relações (bilaterais)". 
 
Alguns tons abaixo, a chanceler colombiana, María Ángela Holguín, disse que o presidente Santos tratará da reação de Jaua e Cabello "de maneira direta com o governo venezuelano".
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