(Reprodução / Facebook)
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, lamentou a decisão do presidente eleito, Jair Bolsonaro, de fundir esta pasta com a do Meio Ambiente. Em nota, o ministro disse que a fusão "trará prejuízos ao agronegócio brasileiro”.
Maggi argumentou que 66% do território do país está preservado devido à ação dos produtores brasileiros. O custo para manter as reservas ambientais nas propriedades é usado pelo ministro em viagens internacionais para favorecer os produtos nacionais no mercado global.
Assim como o ministro do Meio Ambiente, que também se manifestou mais cedo contra a fusão, Maggi esclareceu que as pautas dos dois ministérios convergem apenas em alguns pontos. “Existem muitos fóruns importantes nos quais o Brasil deve marcar sua posição, mas não será possível para um ministro participar de todos sozinho”, lembrou.
O ministro da Agricultura também ponderou que a pasta do Meio Ambiente trata de várias questões que não têm relação com o setor agro, como energia, infraestrutura, mineração e petróleo, e ressalta que seria dificílimo conciliar todos os assuntos sob um único comando.
Maggi já havia se posicionado contra a intenção de Bolsonaro durante o segundo turno das eleições. O então candidato do PSL chegou a sinalizar recuo, mas nessa terça-feira (30), o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), indicado para comandar a Casa Civil, reiterou a decisão do novo governo de fundir as duas pastas.
O ministro Maggi lamentou novamente a ideia do novo governo e emitiu nota durante viagem aos Emirados Árabes, onde participa da exposição Agrispape.
Leia mais:
Rússia reabre mercado para carne bovina e suína do Brasil, diz Blairo Maggi
Guardia defende continuidade do trabalho da atual equipe econômica
Ministro do Meio Ambiente manifesta preocupação com fusão de pastas
Bolsonaro vai criar superministério da Economia com fusão de várias pastas