Pelo menos 11.495 servidores terão o ponto de agosto cortado pelo governo federal pelos dias não trabalhados. Segundo o Ministério do Planejamento, o corte no contracheque dos grevistas poderá ser integral ou parcial. Em julho e agosto não houve corte de ponto dos professores e técnicos-administrativos das universidades federais porque os reitores decidiram manter a decisão de não encaminhar à pasta a relação de docentes e servidores que cruzaram os braços.
O movimento grevista dos professores já dura pouco mais de três meses, algumas universidades decidiram retomar as aulas.
Restam apenas nove dias para que termine o prazo final de envio do orçamento ao Congresso com a previsão dos gastos com a folha de pagamento em 2013. O período vence em 31 de agosto, mas a situação das greves no funcionalismo público continua indefinida. Ainda no início de março, quando começou a campanha salarial desde ano, foram realizadas mais de 180 reuniões entre governo e servidores, de acordo com a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef). A informação foi confirmada pelo Ministério do Planejamento. Embora o diálogo tenha sido feito e de o prazo ser apertado, ainda não há perspectiva de um acordo e do fim das paralisações.
Entre 14 e 17 de de agosto, o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, participou de cerca de 20 reuniões com lideranças grevistas ou com categorias que ameaçam cruzar os braços.
Rigor
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nessa terça-feira (21) que o governo vai tomar medidas enérgicas contra policiais federais e policiais rodoviários federais que desrespeitarem decisões judiciais envolvendo paralisações e operações-padrão.
De acordo com Cardozo, os diretores da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal foram alertados para, além de cortar os pontos dos grevistas, abrir processo disciplinar e judicial contra os infratores.
“Não podemos aceitar em momento algum a ofensa à lei. Liberdade de expressão e uma coisa, e desrespeito é outra. O Ministério da Justiça não vai tolerar o desrespeito à lei. Vamos aplicar as sanções devidas e as punições", disse o ministro, após a posse da ministra Assusete Magalhães no Superior Tribunal de Justiça.
De acordo com Cardozo, ainda não há dados sobre o total de policiais que estão trabalhando, informação que será consolidada só no final do mês. Ele disse que o desconto na folha de pagamento está mantido, a menos que haja mudanças após as negociações em curso.
O ministro ainda informou que mandou abrir uma sindicância para apurar a autoria dos cartazes fixados em postos da Polícia Rodoviária Federal que anunciam passagem livre para tráfico de drogas e armas. “São claramente ofensivos à lei. Comprovada a autoria, vamos aplicar as punições devidas e determinadas pela lei", disse o ministro.
O cartaz traz a mensagem: "Posto PRF fechado! Passagem livre para tráfico de drogas e armas: esta é a resposta do governo federal para a segurança pública!"os braços.
(*) Com informações da Agência Brasil.