Mais de 80 mortos em atentado em universidade de Aleppo

AFP
15/01/2013 às 15:17.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:39
 (STR/AFP)

(STR/AFP)

DAMASCO - Mais de 80 pessoas morreram e 160 ficaram feridas nesta terça-feira (15) em duas explosões na universidade da cidade síria de Aleppo, em pleno período de provas, indicaram à AFP o governador da província e um médico do hospital universitário da cidade.

"O registro do atentado terrorista, que teve como alvo nossos estudantes no primeiro dia de provas, chega a 82 mártires e mais de 160 feridos", afirmou o governador Mohammad Wahid Akkad. "Foram mais de 80 mortos e 160 feridos", confirmou um médico do hospital universitário de Aleppo.

O presidente do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman, afirmou que "pelo menos 52 pessoas morreram em duas explosões, mas há muitos feridos e o número de mortos pode ser mais elevado". "Os mártires são estudantes e deslocados", acrescentou.

Rebeldes e regime rejeitaram a responsabilidade por este massacre. Militantes contrários ao regime afirmaram que as explosões ocorreram devido a um bombardeio aéreo efetuado pelas tropas do regime, enquanto uma fonte militar síria assegurou que haviam sido provocadas por dois mísseis terra-ar disparados pelos rebeldes, que erraram o alvo e caíram no campus.

A agência oficial síria Sana indicou "dois foguetes disparados por grupos terroristas" contra a universidade situada no oeste da cidade. "Era o primeiro dia de provas. Estudantes e deslocados estão entra as vítimas", indicou a Sana.

A explosão causou danos na Faculdade de Belas Artes e na de Arquitetura, indicaram estudantes. Vídeos postados por estudantes mostram o pânico em um prédio universitário. Alguns jovens choram em meio a escombros no solo.

Apesar dos combates, a Universidade de Aleppo abriu suas portas em meados de outubro. Ela está situada em um setor controlado pelo Exército. Aleppo, segunda maior cidade do país, está dividida desde julho do ano passado em bairros rebeldes e outros em poder do Exército.

No início do inverno sírio, várias ONGs haviam indicado que cerca de 30.000 deslocados, que fugiam dos combates, haviam encontrado refúgio na cidade universitária.

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