Mais forte, mais bonita e com a ‘cabeça fresca’

Sérgio Melo - Especial para Auto Papo
18/07/2015 às 11:44.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:58

(Sérgio Melo)

Acaba de chagar às concessionárias brasileiras a inédita Ducati Monster 821, para ficar no lugar da 796, que deixou de ser fabricada. Se a anterior já era um “canhão”, imagine a nova, com refrigeração líquida e 30 % a mais de potência... O estilo se mantém fiel à família, mas é uma moto completamente nova, nada foi aproveitado.


Com os perfis de desempenho selecionáveis por meio de um botão no punho esquerdo, disponível mesmo quando a moto está em movimento, ela vai de “mansa” no modo “Urban” a “nervosa” no “Sport”, fora a possibilidade de personalizar cada um deles, em três opções para o ABS e oito para o controle de tração. Se quiser, desligue os dois e assuma sozinho as rédeas da fera...


Compacta e sempre “na mão”, a ciclística convida a acelerar e procurar os limites. A sobra de força em baixas rotações surpreende. Não é preciso esticar as marchas para encontrar bom desempenho: é só acelerar que ela responde firme. Elogios para o balanceamento do motor, que, apesar de ter apenas dois cilindros, quase não vibra.

 

Ducati Monster 821

 O QUE É?

Categoria “Naked”.


ONDE É FEITA?

Componentes italianos, montagem em Manaus.


QUANTO CUSTA?

R$ 43.900,00


COMO ANDA?

Motor monocilíndrico 821 cm³, 112 cv e torque de 9,1 mkgf. A marca não divulga, mas em testes independentes a velocidade máxima foi de 225 km/h e o 0 a 100 km/h em 3,3 segundos.


COM QUEM CONCORRE?

Apesar de diferenças consideráveis, suas principais concorrentes são a BMW F 800R (R$ 37.900) e a Kawasaki Z 800 (R$ 40.990).


COMO BEBE?

Movida à gasolina, andando forte em percurso cidade/estrada fez 14,7 km/l.


COMPORTAMENTO: embora tanta força ela é compacta, estável e fácil de dominar. A posição de pilotagem semi-esportiva instiga a acelerar e não cansa como acontece na super-esportiva. O guidão é leve e tem reações adequadas à inclinação. O assento regulável garante facilidade nas manobras mesmo para quem não é tão alto. A suspensão firme proporciona boa aderência nas curvas. Engates precisos, embreagem ligeiramente pesada e freios eficientes completam a obra.


ACABAMENTO: os materiais são de ótima qualidade e a montagem bem feita, exceto quanto à cola aplicada na junção de alguns componentes do motor, cujo excesso acaba sobrando como uma rebarba. A montagem de componentes com aspecto improvisado, como a bomba de água em cor destoante “pregada” externamente ao motor, e o filtro de emissões evaporativas “pendurado” do lado esquerdo entre o motor e a roda, deixam a desejar.


CONCLUSÃO: uma máquina rápida e vigorosa, que emociona pela forca e aceleração explosivas. O gerenciamento eletrônico dos principais sistemas garante o máximo desempenho com segurança nas diversas situações de uso, pena que o controle das suspensões não tenha sido incluída no pacote. Acelerar nas arrancadas e retomadas passa a impressão de que os outros pararam...


PONTOS POSITIVOS: força, ciclística, eletrônica


PONTOS NEGATIVOS: peças expostas e acabamento juntas

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