(Jomar Bragança/Divulgação)
Não é de hoje que o reaproveitamento e o uso de matérias-primas duradouras e versáteis fazem parte do cenário da arquitetura e da decoração. Permeados, geralmente, por alternativas pouco flexíveis, que acabam por tematizar o cenário, os projetos de quartinhos de bebê também vêm abraçando a ideia. Mais neutros e modernos, os ambientes ganham tempo de vida e evitam, por exemplo, gastos desnecessários com uma futura reforma.
Arquiteta em Belo Horizonte, Gislene Lopes é adepta do planejamento perfeito. Segundo ela, é importante levar em conta detalhes pensando no futuro do local.
“De maneira geral, os clientes consideram um investimento alto para pouco tempo de uso, já que a criança, em um ano, um ano e meio, deixa de dormir no berço. Investimos em papel de parede, cor, decoração e objetos que possam ser substituídos facilmente, priorizando a marcenaria, mais cara”, diz.
Uma dica da profissional é privilegiar cores claras, mas menos infantis, como os tradicionais rosa e azul bebê, muito usados no passado. A sugestão é fazer uma mistura de tons mais fortes, como pêssego, cinza, azul e verde com bases mais neutras como um bege clarinho e até branco. Jomar Bragança/Divulgação
ÚTIL AO AGRADÁVEL - Trabalho na parede, em duas cores – cinza e verde – revela escolha mais moderna no projeto da arquiteta Gislene Lopes. Para ela, estilo deve obedecer o gosto do cliente, que pode ser tanto mais romântico e clássico, quanto mais arrojado. Importante é conseguir usar o ambiente por mais tempo
Poucas cores
Também arquiteta, Fernanda Andrade ensina a otimizar a decoração por meio de objetos como almofadas, móbiles e adornos coloridos, que podem ser trocados sem demandar grandes investimentos. Ela ressalta, porém, que quartos com mistura grande de cores e muito enfeitados podem acabar poluídos.
Mas engana-se quem pensa que o menos, nestes casos, não é mais. Segundo a arquiteta, há uma tendência em ascensão: a dos quartos elaborados em escalas de preto, cinza e branco, com poucos detalhes e sem tema definido. “Duram por mais anos”, reforça a profissional.
Pensar na parte prática do ambiente, isto é, em todos os itens, incluindo o mobiliário, que não só irão decorar e preencher o espaço, como permitir que ele seja explorado plenamente, também é fundamental, diz a designer de interiores Deusicléia Horta. Ela recomenda a escolha de berços arredondados, que, além de estarem em alta, são mais seguros e até confortáveis.
Outra tendência na decoração dos quartos infantis é o estilo montessoriano, que deixa tudo – camas e objetos – ao alcance dos pequenos. O objetivo é estimular o bebê para que se torne independente. Osvaldo Castro/Divulgação
COMPLETO - Além da decoração propriamente, é preciso considerar outras etapas do projeto, como a iluminação, que deve ter um ponto central, de preferência com variador de intensidade, e complementos, que podem ser um abajur ou um painel perfurado com LED – como no projeto acima
Considerar o tamanho do cômodo também é importante, acrescenta a designer de interiores, para quem funcionalidade é o ponto de partida. Berço, cômoda, poltrona e cama de apoio devem ser posicionadas estrategicamente, permitindo espaço para circulação.
“Dificilmente encontramos ambientes maiores que 9m². Por isso, é necessário um bom planejamento”, afirma Deusicléia.
Leia mais:
Ponto a ponto:
7 dicas para acertar no quartinho do seu bebê:
Daniel Mansur/Divulgação
CLEAN - Uso de tons claros é uma das premissas da designer de interiores Deusicléia Horta, que, para não deixar tudo branco, gosta de mesclar com cinza, por exemplo, como no projeto acima, cujo ponto de cor ficou na poltrona amarela
Marca de BH investe em mobiliário moderno e versátil que pode ser aproveitado em diferentes espaços da casa
Com loja física inaugurada recentemente em Belo Horizonte, a Miúda Mobília privilegia justamente a versatilidade dos móveis ao criar cômodas, armários, guarda-roupas e camas, que podem ser adaptados e reutilizados em diferentes ambientes da casa. A ideia da empresa, criada pelas amigas Joana do Vale Dourado, arquiteta, e Andrea Machado Dutra, designer de produto, é não limitar o uso das peças aos primeiros anos de vida da criança.
“Tirando o berço, que tem uma função específica, cômodas e camas são pensadas para durar mais tempo, podendo ficar no mesmo quarto ou ser levadas para outros cantos da casa. A versatilidade é o que guia nosso trabalho”, afirma Joana. Miúda Mobília/Divulgação
MIÚDA MOBÍLIA
Longevidade
Para provar que é possível ter um quarto de bebê longevo, as sócias acabaram de colocar no mercado um modelo de mini-cama com dimensões próximas à de solteiro-padrão.
A ideia é que a peça possa substituir o berço, geralmente usado por pouco tempo. “Muita gente opta por usar um moisés (berço portátil) no próprio quarto e acaba escolhendo um modelo de mini-cama, que possa ser aproveitado por mais tempo”, explica a arquiteta da Miúda Mobília, justificando a ideia do novo produto. A peça é feita em madeira e tem grade removível para garantir a segurança da criança.
A Miúda Mobília também comercializa mesinhas infantis com duas regulagens de altura – 50 cm e 68 cm – para acompanhar o crescimento da criança.Miúda Mobília
Móveis desenvolvidos pela Miúda Mobília são versáteis, podendo ser usados em diferentes ambientes da casa e momentos da vida
Madeira e palhinha
Elaboradas em uma fábrica no Sul do país e vendidas na loja física, no Lourdes, Zona Sul de BH, e pela internet, as peças são feitas em madeira e algumas têm detalhes em palhinha. Atemporal, o material garante móveis não só mais duráveis, mas com memória afetiva. “Tentamos dar um ar mais contemporâneo às peças, já que fazem e farão parte da nossa memória”, justifica a sócia da empresa.
Na paleta de cores disponíveis para os detalhes dos móveis, como os pés das camas e as grades, estão lilás, branco, preto, amarelo, goiaba, verde-água e vermelho.
Inspire-se com as fotos da nossa galeria:
(Jomar Bragança/Divulgação)
(Jomar Bragança/Divulgação)
(Daniel Mansur/Divulgação)
(Daniel Mansur/Divulgação)
(Daniel Mansur/Divulgação)
(Osvaldo Castro/Divulgação)
(Osvaldo Castro/Divulgação)
(Osvaldo Castro/Divulgação)