Mais tecnologia para as cadeias produtivas do agronegócio no Norte de Minas

Jornal O Norte
18/01/2008 às 10:54.
Atualizado em 15/11/2021 às 07:23

Valéria Esteves


Repórter

A Epamig- Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais informa que laboratório de biotecnologia será construído neste ano. Com vistas a atender as cadeias produtivas da bovinocultura, fruticultura, produção de oleaginosas, silvicultura entre outras o laboratório surge para alavancar o desenvolvimento sustentável da região, segundo afirma Marco Antônio Viana Leite, gerente da Epamig.

O desenvolvimento da cadeia produtiva do agronegócio depende, segundo pesquisadores, da biotecnologia para atender as demandas dos produtores. Nesse intuito, o governo federal acredita nessa nova política que permitirá investimentos de R$ 10 bilhões em biotecnologia no Brasil nos próximos dez anos.

Desse total, 60% viriam de recursos públicos, tanto do orçamento geral da União como do BNDES - banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico e de fundos destinados a investimentos em pesquisa, ciência e tecnologia. Os 40% restantes viriam de parceiros privados.

Quatro setores receberão investimentos: saúde, agropecuária, indústria e meio ambiente.

- O que o governo fará é identificar a demanda e criar ferramentas para transformar o conhecimento acumulado nas universidades em produção industrial - explicou o secretário de Desenvolvimento Industrial do ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Antônio Sérgio Martins Mello.

A biotecnologia está nos planos do governo de Minas Gerais. Um dos projetos estruturadores é o Consórcio de pesquisa do Projeto Jaíba que tratará pontualmente das pequenas demandas bem como das maiores. Para isso a Epamig quer que o laboratório de biotecnologia sirva para melhorar e criar cultivares resistentes a pragas e encontrar uma solução para as plantas que não suportam tanto tempo de estiagem e de seca. A princípio pensa-se em lançar materiais que se adaptem a região.

A cana-de-açúcar também é outro vetor a qual as pesquisas devem trabalhar com afinco na região. Muitos produtores já plantaram dezenas de hectares de cana no Projeto, outro grande avanço segundo os produtores que esperam que as pesquisas ofereçam estratégias de manejo. 

Recursos para desenvolvimento

O governo de Minas Gerais destinará recursos da ordem de R$ 3 milhões para o desenvolvimento da RMBA- Rede Mineira de Biotecnologia para o Agronegócio.

A secretaria de Agricultura do Estado explicou que a rede utilizará em seus trabalhos técnicas avançadas de biologia molecular, biologia celular e os conceitos de biossegurança.

- As tecnologias e os produtos gerados darão sustentabilidade e competitividade ao agronegócio estadual no cenário nacional e no internacional – explica.

Uma das linhas prioritárias de pesquisa terá por objetivo identificar, caracterizar e proteger os genes, promotores e proteínas de interesse da agropecuária. As instituições desenvolverão plantas transgênicas, com tolerância a diversos problemas, além de gerar informações científicas sobre a segurança para uso na alimentação humana e animal e sobre possíveis impactos ambientais causados pelos organismos geneticamente modificados. As pesquisas resultarão ainda em kits de diagnóstico molecular para doenças animais e processos de seleção de animais com maior aptidão para produzir leite e resistir à parasitas, bem como vacinas contra as principais doenças de bovinos, suínos e eqüinos.

Com todo esse aparato o homem do campo pode esperar que haverá prospecção de demanda nos próximos tempos.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por