RIO DE JANEIRO - Após a manifestação chegar até a barreira imposta pela polícia na Avenida Maracanã, a cerca de um quilômetro do palco da final da Copa das Confederações, os manifestantes começam a se afastar do estádio, rumo à praça Afonso Peña.
A PM estima que cerca de 2 mil pessoas estejam neste momento na manifestação. A organização do ato fala em 5 mil pessoas.
O clima do protesto é tranquilo. O grupo grita palavras de ordem, ostenta faixas e faz batucadas. Alguns carregam bandeiras de partidos como o PSOL e o PSTU, e de movimentos sociais como o MST.
Até o momento, apenas funcionários e voluntários entram no estádio. Os portões abrem para o público às 15h.
Sete viaturas da Polícia Militar estão estacionadas nas proximidades do estádio, além de um caveirão, o blindado do Bope. Cerca de 230 PMs já estão nos arredores.
A linha de frente da PM tem um cordão de isolamento com policiais usando capacetes enferrujados e escudos velhos. Eles estão com cassetetes e pistolas. A segunda linha de policiais é formada por PMs do Batalhão de Choque. Esses têm equipamentos mais modernos.
Os manifestantes se reuniram as 10h da manhã na Praça Saens Peña, no Rio, para começar uma caminhada rumo ao estádio. A praça fica pouco menos de 2 km do Maracanã.
Eles protestam contra os gastos excessivos do governo com os preparativos para a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Eles pedem a imediata anulação da privatização do complexo do Maracanã e o fim das remoções e despejos de comunidades em nome da Copa e das Olimpíadas. Muitos carregam faixas com críticas ao governo Cabral e ao prefeito Eduardo Paes.
A maioria dos manifestantes pertence ao Comitê Popular da Copa e Olimpíadas do Rio, formado por entidades e ONGs como Justiça Global, Anistia Internacional e outras, além de universitários do Instituto de Política Urbana da UFRJ e UNIRio.