O ex-prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, deu início a uma campanha para arrecadar fundos para manter o Partido Socialista Brasileiro (PSB). Neste ano, a legenda ficará, até o mês de julho, sem recursos financeiros repassados pelo governo por meio do Fundo Partidário. Isso porque as contas eleitorais de 2014 foram desaprovadas. Os recursos impetrados pela sigla não prosperaram.
Sem dinheiro para custear despesas do partido, tais como aluguel, telefone, água, material de escritório, etc, o ex-prefeito começou a cobrar dos filiados. A campanha é destinada àqueles que possuem mandatos. Prefeitos, vices, deputados estaduais e federais foram chamados a contribuir.
A expectativa é a de que as lideranças contribuam com ao menos dez meses seguidos. Existe uma escala sugerida para contribuição que leva em conta a população da cidade onde atua o parlamentar, prefeito, vice.
O bloqueio de recursos do Fundo Partidário é decorrente da desaprovação das contas eleitorais do partido de 2014. Lacerda assumiu a direção estadual da sigla em meados de 2015, após acordo com a direção nacional.
O ex-prefeito de BH é um dos nomes para a disputa pelo governo de Minas no próximo ano.
O Fundo Partidário é o grande financiador dos partidos políticos no país. Para se ter uma ideia, no mês passado, distribuiu R$ 59 milhões a 35 legendas.
PSDB
Os tucanos decidiram percorrer o interior em defesa do legado. A decisão foi tomada em uma reunião na noite da última segunda-feira na sede do PSDB mineiro, em Belo Horizonte.
Como passaram de governo a oposição, com a eleição de Fernando Pimentel (PT) para o Palácio da Liberdade, houve, naturalmente, a desconstrução da gestão anterior. Quem está no poder, por óbvio, desqualifica a administração de quem não está. Ainda mais se os partidos em questão forem PT e PSDB, adversários históricos.
Depois de dois anos, os tucanos perceberam que precisam colocar o pé na estrada para pavimentar qualquer aposta eleitoral para 2018.
Na bagagem, além da pré-candidatura de Dinis Pinheiro à vaga ocupada hoje por Pimentel, querem levar o nome do senador Aécio Neves (PSDB), que ainda não desistiu de se lançar candidato ao Palácio do Planalto.
PIB
Aliados de Michel Temer, o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo, Paulo Skaf, tentou minimizar ontem a queda brutal – desculpem o trocadilho – do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Jogou a culpa nos governos passados.
Mas, nas entrelinhas deixou claro qual será a reivindicação do setor ao governo aliado: que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) volte a operar nos patamares dos governos, passados, é claro. “A diferença entre a taxa básica de juros e a inflação está absurdamente alta, e a principal fonte de financiamento do investimento produtivo – o BNDES – está paralisada, não dando às empresas o crédito necessário para a retomada da atividade. Outros bancos também restringem novos empréstimos. Sem crédito em condições viáveis, não há como investir na produção”, diz trecho da nota sobre o PIB distribuída pela Fiesp.