Maria Gadú canta "Mais uma Página" em Belo Horizonte

Cinthya Oliveira - Do Hoje em Dia
02/08/2012 às 12:56.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:03

(Simone Contraluz/Divulgação)

Depois de ter sido tão exposta pela mídia e pela Rede Globo (por meio das trilhas sonoras de suas novelas), Maria Gadú provou que tem qualidade como cantora e compositora em seu segundo álbum "Mais uma Página". O trabalho foi lançado no final do ano passado, mas só agora a artista traz seu repertório para Belo Horizonte. Ela se apresenta na sexta-feira (3), no Chevrolet Hall.

Para quem for conferir o show, lá vai uma dica: não fique de olho apenas na protagonista, mas repare também na atuação dos integrantes da banda – Cesinha (bateria), Fernando Caneca (guitarra e violão tenor), Doga (percussão), Gastão Villeroy (baixo) e Maycon (teclados).
Todos eles foram fundamentais para a qualidade de "Mais uma Página", seja contribuindo com composições, seja com os arranjos.

"Somos amigos, cúmplices e muito apaixonados. É um grande privilégio estar na vida e na música desses caras que eu admiro mais e mais a cada dia", afirma Maria Gadú, que nunca se cansa de afirmar à imprensa como a banda foi fundamental para seu crescimento qualitativo. "Não acredito em músico que toca pra alguém. Nós tocamos, sim, um para o outro, pelo prazer de servir e contribuir. Mas mais do que isso, tocamos uns com os outros. O palco é o nosso palácio. A cumplicidade é o que nos une".

Produzido por Rodrigo Vidal, o segundo álbum de Gadú conta com alguma pérolas, como "Axé Acapella" (composta por Luisa Maita e Dani Black), "Extranjero" (de Cassyano Correa e Maycom Ananias), "Quem" e "Estranho Natural" (ambas autorais, sendo que a primeira ganhou participação de Lenine no álbum).

Há ainda versões para "Amor de Índio", de Beto Guedes e Ronaldo Bastos, "Anjo de Guarda Noturno", de Miltinho Edilberto, e "Oração ao Tempo", de Caetano Veloso (abertura de "A Vida da Gente"). Além dessas faixas, destaques do primeiro disco (como a popularíssima "Shimbalaiê") também entram para o show.

Timidez

Na época do lançamento do álbum, Gadú evitou dar entrevistas, algo recorrente desde que conquistou a fama. Consequentemente, ficou conhecida na imprensa como uma artista inacessível, rótulo que a cantora retruca, por e-mail. Negou que se incomode com o assédio da mídia. "Eu detesto falar ao telefone. Detesto. Tenho uma relação estranha com isso (risos)", respondeu.

Questionada também se reflete sobre as consequências de sua superexposição na televisão no futuro (em menos de quatro anos, foram 12 composições inseridas em trilhas de novelas), Gadú afirma não ter medo nem pensar no assunto. "Não projeto esse futuro baseado em expectativa. O que atrapalharia meu futuro seria um descuido da minha saúde e da minha saudade".

Por enquanto, essa exposição tem sido boa para Gadú. Mas para a felicidade de quem se cansou de "Shim-balaiê" (que lhe rendeu o Prêmio de Música Digital, por ter sido a mais tocada em 2009), as boas composições da cantora ainda não viraram hits tão arrebatadores.


Show de Maria Gadú no Chevrolet Hall (avenida Nossa Senhora do Carmo, 230). Sexta (3), às 22h30. Cadeira: R$ 150 e R$ 75 (meia-entrada). Pista: a partir de R$ 40.

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