Presidente executivo e um dos proprietários da McLaren, Ron Dennis garante que a saída de Lewis Hamilton da equipe inglesa ocorreu por desejo das duas partes em acabar com a parceria de 14 anos. Segundo o dirigente, a escuderia abriu mão de lutar para manter o piloto, campeão do mundo em 2008.
“Acho errado dizer que Lewis (Hamilton) deixou a equipe. No final do dia, você se depara com uma situação em que vai ocorrer a separação se as circunstâncias não forem as corretas”, afirma, em entrevista à revista inglesa CBI. “Na vida, uma pessoa não decide nada, nunca é assim. As coisas giram em torno de circunstâncias”, completa.
Segundo Dennis, a saída de Hamilton não gerou mal-estar entre ele e o piloto. Mentor do inglês durante sua passagem pela McLaren, iniciada ainda no kart, quando Hamilton tinha 13 anos, a insatisfação era mútua e a McLaren achou melhor por não tentar mantê-lo em seu grid, o que garante que seria possível.
“Todos me perguntam se estou amargo com isso ou aquilo. Com o que? Sou realista. Tínhamos a possibilidade de criar uma situação que nos manteria juntos? Sim, categoricamente. Seria o certo? Acredito que não”, garante.
A declaração vai de encontro com a opinião de Martin Whitmarsh, chefe de equipe da McLaren, que desde a saída de Hamilton afirma que ele e escuderia fizeram de tudo para mantê-lo como piloto, inclusive aumentando a proposta financeira. Em novembro, Whitmarsh chegou a dizer que Hamilton estava arrependido de deixar a equipe.
“Seja qual for a decisão de uma pessoa ao final do contrato, a atitude profissional é apoiar o outro lado. Não desejamos a ele todo o sucesso possível na Mercedes, e isso é aceitável, já que ele será nosso adversário. Mas também não desejamos nada de negativo”, conclui Dennis.