O leitor pode olhar bem para as fotos desta página, porque o McLaren P1 é o mais próximo que qualquer mortal vai chegar de um Fórmula 1.

O superesportivo, criado e produzido por uma das mais vitoriosas equipes da principal categoria do automobilismo mundial, fará a alegria de 375 seletíssimos proprietários, que desembolsarão o equivalente a R$ 2,6 milhões (866 mil libras esterlinas, na Europa) para tê-lo na garagem de casa.

Nenhum outro automóvel de produção tem a performance do P1, que acelera de 0 a 300 km/h em reles 17 segundos, “parando” nos 350 km/h de velocidade máxima, limitada eletronicamente.

O novo McLaren é um modelo híbrido que une toda a cavalaria de seu V8 biturbo a um propulsor elétrico para alcançar a potência combinada de 916 cv. A sobreforça vem do Instant Power Assist System (IPAS), equivalente ao KERS da F1.


Autonomia

Curiosamente, o P1 pode rodar exclusivamente com eletricidade, sem emissões, com uma autonomia de 20 quilômetros. Mas ele não foi feito para os grandes centros e, sim, para as pistas.

Basta ver os enormes pneus PZero Corsa, desenvolvidos exclusivamente para ele pela Pirelli, bem como os freios Akebono, de carbono-cerâmica, usados pela primeira vez em um carro de rua. Sua potência de frenagem e sua capacidade de refrigeração, evitando o fading por superaquecimento, só encontram equivalente nos modelos que disputam a categoria GT3, da FIA.

Em termos de estilo, o McLaren P1 é basicamente idêntico ao protótipo apresentado em setembro do ano passado, durante o Salão de Paris. A alteração mais perceptível foi a adoção de dutos logo à frente das rodas dianteiras, que otimizam a refrigeração e aumentam a pressão aerodinâmica – downforce.

Como ocorre em todos os modelos desta categoria, o fabricante não divulgou dados de consumo, mas o gasto com combustível não parece incomodar quem gastará uma fortuna para ter o P1. Mais veloz que o lendário F1, da própria McLaren, o novo superesportivo já chega às ruas como um clássico exclusivíssimo.

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