A implantação da Tarifa Branca, sistema em que a energia é cobrada de acordo com o horário, está mais perto de sair do papel. Seis medidores, apresentados por três empresas diferentes, estão em fase de testes pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Cinco deles, nos últimos dias. A aprovação do equipamento vai destravar a modalidade de tarifária.   O instituto é responsável por avaliar se o produto está de acordo com os padrões e normas especificados em documento chamado de Regulamento Técnico Metrológico (RTM), divulgado em 15 de agosto de 2013. Se tudo estiver correto, é concedida a certificação digital do medidor, que poderá ser comercializado.   Segundo o Inmetro, não há previsão de quanto tempo os testes irão durar. “Os processos encontram-se em fase de análise quanto à documentação e posteriormente serão encaminhados para ensaios em laboratórios”, diz nota enviada pela assessoria de imprensa do órgão. Dos seis medidores, um foi apresentado em abril, mas não passou nos testes de software.   A discussão sobre a Tarifa Branca se arrasta há anos. A última data agendada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para iniciar a cobrança por faixas de horário foi em março do ano passado, adiada indeterminadamente devido à falta do equipamento utilizado na medição.    Na avaliação de Rodrigo Cunha Trindade, sócio da Agência Energia, empresa especializada em sistemas de energia alternativa, e vice-presidente da Associação Brasileira de Engenharia de Sistemas Prediais (Abrasip-MG), a Tarifa Branca é válida por ser uma alternativa de cobrança aos brasileiros. “O consumidor deve fazer uma longa análise para saber se ele será beneficiado pela modalidade. Se ele usa energia fora do horário de pico, deve optar por ela. Mas, só de ser uma opção a mais, já está valendo”, afirma.    Segundo a proposta, que somente será validada após aprovação dos medidores, a tarifa será mais barata de segunda a sexta feira, nos horários de menor consumo. Entre as 18h e as 21h, considerado o horário de pico, a tarifa seria mais alta. Um valor intermediário para o quilowatt seria cobrado nos demais. Os valores também dependem das resoluções comerciais.

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