(AFP)
ATENAS - A chanceler alemã, Angela Merkel, saudou nesta terça-feira (9) em Atenas os "esforços" feitos e os "progressos" alcançados na Grécia e desejou que o país, em graves dificuldades financeiras, econômicas e sociais,"permaneça no euro". "Quero que a Grécia permaneça no euro", declarou a chanceler em uma coletiva de imprensa conjunta com o primeiro-ministro grego, Antonis Samaras. "Nossas negociações mostram claramente que há neste momento progressos todos os dias", acrescentou, declarando-se "convencida de que o difícil esforço vale a pena". "Conquistou muito. Ainda há muito a ser feito, e a Alemanha e a Grécia trabalharão juntas estreitamente", mas "se não resolvermos os problemas agora, eles se manifestarão mais tarde de modo ainda mais grave", advertiu a chanceler.
Merkel recorreu a sua experiência na transição na Europa Oriental para manifestar sua compreensão em relação aos gregos: "sei muito bem, como venho dos países orientais, que as reformas levarão bastante tempo", disse. Por sua vez, o primeiro-ministro Samaras indicou que assegurou que a Grécia está "determinada a cumprir com seus compromissos" tanto de ajuste fiscal quanto de reformas estruturais."Ressaltei à chanceler que o povo grego sangra, mas está determinado a permanecer no euro", acrescentou Samaras.
Alemanha e Grécia também indicaram que trabalham sobre temas de desenvolvimento bilaterais em matéria "de melhorias do sistema de saúde" e de "modernização da administração regional". Cerca de 25.000 pessoas manifestaram em Atenas sua rejeição à visita da chanceler da Alemanha, país ao qual responsabilizam pelas medidas de austeridade. Gases lacrimogêneos foram lançados contra os manifestantes que jogavam pedaços de mármore nas forças de segurança. Cerca de 6.500 efetivos apoiados por canhões de água e por um helicóptero foram mobilizados para a visita da chanceler alemã. Esta viagem foi a primeira feita por Merkel a Atenas desde o início da crise econômica grega, em 2010.
Policiais contêm jovens próximos ao parlamento, em Atenas, na Grécia, para visita de chanceler alemã