(Ford)
Nos EUA, berço do Ford Fusion, o aumento de 10% no preço de um produto só se justifica por uma extensa lista de melhoramentos. Não é à toa que, lá, a segunda geração do sedã manteve praticamente os mesmos valores da primeira – o aumento foi de US$ 2.295 ou R$ 4.525. Aqui, onde o olho é sempre maior do que a barriga, a nova versão de entrada do modelo, apresentada em Florianópolis, encareceu R$ 9.930, 11% em relação à sua antecessora. E foi preciso ler com atenção sua ficha técnica para descobrir onde ele melhorou.
Além da nova carroceria, mais moderna e estilosa, o Fusion ganhou tecnologia bicombustível, mas o motor 2.5 Flex, de 175 cv, é apenas 2 cv mais potente que a unidade anterior. O excelente sistema SYNC também ganhou navegador por satélite (GPS), mas perdeu o disco rígido de 10 GB. Já o porta-malas, com 514 litros, perdeu 16 l – espaço de um fardo com oito garrafas pet de refrigerante.
Atributos
O gerente geral de marketing da Ford, Oswaldo Ramos, ressalta os atributos do Fusion: “A nova geração combina design, tecnologia, conforto e desempenho com o melhor preço de sua categoria”, enfatiza o executivo.
Realmente, o sedã americano – ele, na verdade, é importado do México – sobressai pelo porte e também pelo conteúdo. A flexibilidade é outro avanço técnico, mas, na prática, os modelos bicombustível apresentam maior consumo em relação aos convencionais, movidos exclusivamente a gasolina.
Os maiores ganhos desta segunda geração ocorrem nos campos da habitabilidade e segurança. São 13 cm a mais de distância entre-eixos, que transformaram o banco traseiro em um latifúndio, e nada menos que oito bolsas infláveis.
Um detalhe praticamente invisível é a grade dianteira com aletas ativas, que são fechadas automaticamente quando não há necessidade de refrigeração. Isso melhora a aerodinâmica e reduz o consumo.
Como o leitor pode ver, o novo Fusion conservou as virtudes que o fizeram um dos preferidos do público executivo, para quem o aumento de R$ 9.330 não faz tanta diferença. Então...