
As atividades na unidade da Mercedes-Benz em Juiz de Fora estão paralisadas desde a última terça-feira. Os trabalhadores decidiram cruzar os braços em protesto depois que a empresa emitiu um comunicado informando a transferência da produção de dois modelos de caminhão para a planta de São Bernardo do Campo, em São Paulo.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Juiz de Fora (Stim/JF), a empresa alega que o modelo Accelo só será produzido na cidade até 2016 e o modelo Actros, até 2018. Na planta de Juiz de Fora, passariam a ser fabricadas apenas cabines e realizados serviços de pintura e acabamento.
Com o risco de demissão de mais de 400 funcionários, segundo estimativas do sindicato, trabalhadores diretos e terceirizados decidiram parar a produção, com adesão estimada de 99%.
Nessa quinta-feira (9), o prefeito de Juiz de Fora, Bruno Siqueira, participou em Brasília de uma reunião com o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, e representantes da Mercedes, da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg-Zona da Mata) e do Sindicato dos Metalúrgicos. A Mercedes não se pronunciou nessa quinta.