Milhares de pessoas participam dos protestos em Belo Horizonte

Tatiana Moraes, Ezequiel Fagundes, Aline Louise e Álvaro Castro - Hoje em Dia
16/08/2015 às 11:26.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:22
 (Luiz Costa/ Hoje em Dia)

(Luiz Costa/ Hoje em Dia)

Cerca de 6 mil pessoas participaram dos protestos na manhã deste domingo (16) em Belo Horizonte. A concentração aconteceu na Praça da Liberdade, região Centro-Sul da Capital e segue para a praça da Savassi, de onde deverá dispersar. O protesto contou com a presença do senador Aécio Neves (PSDB), que participou pela primeira vez de uma manifestação em Belo Horizonte. O coro dos manifestantes foi pelo impeachment da presidente Dilma, mas para alguns isso não é o suficiente. O aposentado Hilton Rodrigues acredita que apenas uma intervenção militar poderá melhorar a situação do país.

"Vivi a época da ditadura e era muito melhor. Tínhamos disciplina, não exista corrupção. Hoje não existe legislativo, executivo e judiciário, é tudo uma coisa só. Precisamos dos militares", enfatiza. Questionado sobre a proibição de manifestações durante a ditadura, ele é firme. "O que mais tinha na época dos militares era manifestação. Nas escolas, nas ruas, nas músicas. Por isso os militares caíram", lamenta.

O bancário aposentado Carlos Alberto Pires afirma que votou no PT no passado, mas se despontou com o partido. "Acreditávamos que o PT iria combater a corrupção, mas quando ele entrou, fez pior", diz. Ele afirma que está descontente com a política e que não apoia nenhum partido, mas acredita na força do povo. "Quem está no poder tem obrigação de saber que o povo está descontente. O povo é forte", ressalta.

Bloco da Papuda

O ato contou também com o "Bloco da Papuda", que faz seu protesto ironicamente, com referência a penitenciária de Brasília onde ficaram os condenados do mensalão. O bloco está concentrado no ginásio do Minas Tenis Clube, na rua da Bahia e seguirá em direção a Praça da Liberdade.

O grupo levou bonecos do juiz federal Sérgio Moro, do governador Fernando Pimentel, da mulher dele Carolina de Oliveira, da presidente Dilma Rousseff e o do ex-presidente Lula. Eles desfilam nas alas Erga Omnes e Acrônimo, nomes de fases da operação Lava Jato. A primeira investiga o Petrolão, já a segunda desvenda o esquema do empresário Benedito de Oliveira, ligado ao governador Fernando Pimentel.
 

Atualizada às 13h34

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