(Divulgação)
De acordo com Antônio Salvo, presidente da Faemg, Minas está preparada para atender a novos mercados, além da China. “Continuamos exportando e novos mercados devem aparecer. O Brasil é um país de pecuária de uma carne verde, sustentável e que emite carbono neutro. A aptidão brasileira na pecuária bovina é boa e tem demonstrado isso com a diminuição das áreas de pastagens e aumentando a produção por hectare, o que é sinal de eficiência”.
Salvo ressalta que não deve faltar carne para demanda interna, mas para que o brasileiro consiga manter o consumo de 45kg per capita de carne bovina por ano é preciso recuperar o poder de compra.
“Todos os insumos subiram e com a carne não foi diferente. O que a gente espera é que o país gere mais emprego para que a sociedade volte às atividades normais e a gente volte a ter renda dentro do Brasil. Com isso, eventualmente, o consumo de antes pode ir voltando”.
Sem otimismo
Para o professor de economia do Ibmec, Christiano Alves Farias, considerando que a carne brasileira é vista internacionalmente como de qualidade e barata, devido à desvalorização do real perante o dólar, a tendência é de elevação de preços para 2022.
“No mínimo que os preços mantenham os patamares atuais, mas, a longo prazo, a tendência é que fique mais cara porque temos uma série de mercados que tendem a demandar mais alimentos que vão competir pelo mercado brasileiro e não vemos uma produção que acompanhe, mesmo com o setor agropecuário aumentando sua produtividade. Isso leva um tempo, demora anos”, analisa.
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