1.200 agentes na guerra à dengue em Belo Horizonte

Raquel Ramos - Do Hoje em Dia
15/10/2012 às 21:07.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:15
 (Eugênio Moraes)

(Eugênio Moraes)

Um novo mapa dos criadouros do mosquito da dengue começou a ser traçado em Belo Horizonte. Nesta segunda-feira (15), 1.200 agentes de combate a endemias estiveram em campo percorrendo as ruas da cidade em busca de larvas do inseto. O trabalho se repetirá pelas próximas duas semanas até que 35 mil imóveis, distribuídos nas nove regionais da capital, sejam vistoriados. Os dados recolhidos farão parte do Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), que pretende identificar as regiões com maior chance de ocorrência da doença.   “Essa atividade é importante porque os resultados norteiam a ação do poder público, mostrando em quais áreas temos que intensificar o trabalho de prevenção”, afirmou o secretário municipal de saúde, Marcelo Teixeira. A expectativa é de que os dados consolidados do LIRAa sejam divulgados na primeira quinzena de novembro.   Embora os números de casos de dengue estejam diminuindo na cidade, Teixeira disse que o alerta permanece, diante da proximidade do período chuvoso e pelo novo tipo de vírus (DEN4) que está em circulação na capital. “O problema é que as pessoas que já estiveram doentes e desenvolveram imunidade ao mosquito da dengue voltam a ficar susceptíveis ao Aedes aegypt”, observou. Seis casos do DEN 4 já foram confirmados, neste ano, em Belo Horizonte.   Visita   Nesta segunda, ruas do bairro Pompeia, na região Leste, foram alvo de agentes do LIRAa. Nas visitas realizadas aos imóveis, o principal problema encontrado foi a água acumulada em recipientes, por causa da chuva do fim de semana.   Na casa da aposentada Solange Aparecida Menezes não havia larvas, mas a piscina de plástico com água e as latas deixadas no quintal, devido a uma reforma, poderiam se transformar em criadouros do mosquito.   “A nossa recomendação é que você tire cinco minutos do seu dia para jogar essa água fora, porque basta poucos dias e poucos milímetros de água para que a larva se desenvolva”, advertiu o agente Bruno Guarnaz.   Segundo a encarregada de controle de zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde, Sueli de Fátima Facundo, pratos de planta, caixas d’água e inservíveis como sacolas plásticas, potes de iogurte e até mesmo uma casca de ovo jogados no quintal também são focos de dengue em potencial.   “Nas casas onde encontrarmos larvas, encaminharemos o material para análise em laboratório. Se for confirmado que é uma larva do Aedes, retornaremos ao imóvel para reforçar as orientações”, disse Fátima.   Na casa do representante comercial Luiz Carlos Corrêa, nenhum desses objetos foi encontrado. “Sou muito consciente e, embora tenha muitas plantas no quintal, evito colocar prato de água e tomo muito cuidado para não acumular água”, disse. O problema para ele é que nem todos os vizinhos têm a mesma preocupação. “Não adianta eu fazer a minha parte se eles não fizerem a deles”, lembrou.

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