Imagine ter a chance de saborear, de uma só vez, pratos típicos de norte a sul do Brasil. Neste fim de semana, 11 mil pessoas aceitaram o desafio ao participar do Festival Fartura, realizado pela primeira vez na capital mineira. Se não bastasse a deliciosa experiência gastronômica bem ao lado da Praça da Liberdade, o evento ainda aliou cursos de culinária e shows musicais.

A programação foi resultado de três anos de viagens pelo país, feitas por uma equipe coordenada pelo curador gastronômico Rusty Marcellini. "Nesse tempo, tivemos a oportunidade de conhecer chefs, produtores e comidas de destaque", contou. Oitenta profissionais, selecionados à dedo, foram convidados para apresentar as receitas aos belo-horizontinos.

Durante todo o sábado e domingo, quem prestigiou a atração pôde rodar cada stand e escolher qual comida queria experimentar. Quem gosta de se arriscar na cozinha também assistiu aulas de culinária.

Entre os pratos que mais fizeram sucesso, estavam o barreado originário do Paraná - que leva carne, toucinho e temperos - e, representando a outra ponta do Brasil, a iguaria Tacacá - uma espécie de sopa para ser tomada no fim da tarde -, símbolo região amazônica.

Mas a variedade não parava por aí. Também tinha picolé com frutas do cerrado vindos de uma sorveteria de Brasília, o famoso pastel Kyoto de São Paulo, antepastos do Espírito Santo, entre outras quitutes.

Embora a maioria das comidas fossem exóticas ao paladar de Elizabeth Pinho, de 56 anos, a dona de casa que adora cozinhar teve dificuldade para elencar as que mais gostou. "Acho que foi o vatapá de jerimum e o caldo de feijão com vinagrete de barriga de porco", disse. Em casa, tentará repetir algumas das receitas.

Em pouco tempo, quem perdeu o Festival Fartura poderá ter uma nova chance de conhecer os pratos de outros lugares do país. Com o retorno positivo, o plano é repetir a programação na cidade e, quem sabe, expandir para outros lugares, adiantou Alexandre Minardi, coordenador de produção do evento.

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