
Aproximadamente 160 trabalhadores de sete hospitais da rede Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) estão de braços cruzados nesta quinta-feira (3). Os profissionais aderiram à greve da categoria, iniciada nesta manhã, segundo informou o Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, dos Analistas de Gestão, dos Técnicos Operacionais de Saúde e dos Auxiliares de Apoio à Saúde (Sindpros).
A decisão pela paralisação foi tomada pelos profissionais após assembleia da categoria, realizada no último dia 28. Nesta manhã, os servidores fizeram um novo encontro durante ato realizado em frente ao Hospital João XXIII, no bairro Santa Efigênia, região Leste de Belo Horizonte.
De acordo com o presidente do Sindpros, Carlos Augusto dos Passos Martins, a escala mínima nos hospitais João XXIII, João Paulo II, Eduardo de Menezes, Júlia Kubistchek, Alberto Cavalcanti, Raul Soares e Maternidade Odete Valadares, será mantida durante a greve.
Áreas como blocos cirúrgicos e setores de urgência e emergência terão prioridade de funcionamento.
"Os trabalhadores votaram por prosseguir com a greve já que o governo do Estado não nos apresentou nenhuma proposta”, disse, informando, ainda, que servidores de todas as áreas dos hospitais, como enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, nutricionais e profissionais que trabalham nos setores administrativos e farmácias, aderiram à paralisação.
Motivos
A greve, segundo o sindicato, é motivada por uma série de motivos. Entre eles, o cenário vivido em meio à pandemia de Covid-19.
“Agora, com a volta dos altos índices de contaminação pelo vírus, os hospitais seguem sucateados”, disse por meio de nota enviada à imprensa.
A categoria também relata descaso do governo do Estado, com cortes nos salários, sobrecarga de trabalho e corte de férias.
Procurada, a Fhemig informou que uma reunião para discutir as reivindicações apresentadas foi realizada na terça-feira (1º) entre representantes da fundação, da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) e do Sindpros. Na ocasião, “os gestores entregaram um documento com as respostas solicitadas”.
“Com a decisão de manutenção do movimento, a Fhemig irá acompanhar a situação para garantir a continuidade da assistência, sem prejuízos aos usuários. O diálogo com os servidores permanecerá sempre baseado no respeito e cumprimento das premissas legais”, conclui o comunicado.