À polícia, suspeito alega que jovem sequestrada foi morta por dívida com traficantes
Vítima foi encontrada em chamas e com sinais de esfaqueamento na noite de segunda-feira (19) às margens da BR-040, em Pedro Leopoldo
Um dos suspeitos de participar no sequestro e assassinato de Layze Stephanie Gonzaga Ramalho da Silva, em Pedro Leopoldo, na Grande BH, afirmou à polícia que a jovem morreu por causa de uma dívida de R$ 30 mil com traficantes do bairro Pindorama, região Noroeste de Belo Horizonte. A vítima foi encontrada em chamas na noite de segunda-feira (19) às margens da BR-040.
No depoimento, o homem de 36 anos afirmou ainda que o débito foi contraído após a Polícia Militar realizar uma apreensão de drogas na região, e Layza teria sido apontada pelos traficantes como a autora da denúncia que levou os militares até os entorpecentes. Por isso, a jovem teria sido mantida em cárcere privado, e ligações de vídeo foram feitas para chantagear a mãe da moça e forçá-la a depositar o valor cobrado.
Segundo a PM, durante as chamadas, a garota era ameaçada e agredida fisicamente, e apresentava lesões visíveis. Após ser encontrada com o corpo em chamas por um caminhoneiro, Layza foi socorrida para o Hospital João XXIII com 80% do corpo queimado. Por conta da gravidade dos ferimentos, não resistiu e morreu. Ela também apresentava sinais de esfaqueamento.
Conforme a corporação, a família da vítima informou que ela foi sequestrada durante o Carnaval, no domingo, e que o paradeiro dos suspeitos foi descoberto graças à chave pix utilizada para cobrar o valor da dívida. Em seguida, a PM foi até a casa da dona da conta bancária, no Pindorama. Lá, a mulher de 34 anos informou ter uma relação de amizade e comércio com o suspeito, relacionado a empréstimos de cartões e transferências via pix.
Após ela entregar uma cópia do documento do carro do suspeito, um HB20 prata, os policiais localizaram o veículo transitando pelo bairro Jardim Leblon, na região de Venda Nova. Parado pelos policiais, o suspeito, que apresentou diversos documentos falsos, tentou resistir à prisão. Houve luta corporal, que terminou com o homem preso.
*Estagiário sob supervisão de Gledson Leão
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