Abrasel critica lei que obriga bares e restaurantes de BH a ter cartazes sobre a manobra de Heimlich
Entidade afirmou que ocorrência de engasgos não se limita apenas a estabelecimentos de alimentação
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) manifestou insatisfação com a lei Nº 11.714, sancionada pelo prefeito Fuad Noman (PSB) no último dia 11, e que exige que bares, restaurantes e lanchonetes instalem cartazes explicativos sobre manobras de desengasgo para desobstrução das vias respiratórias, também conhecida como “abraço da vida” ou “manobra de Heimlich”.
Segundo a Abrasel, apesar de conter informações importantes, a presença do cartaz de orientação não irá ajudar pessoas sem preparo e em um momento de desespero. A entidade ainda argumenta que a ocorrência de engasgos não se limita apenas a estabelecimentos de alimentação.
“Este incidente não acontece só nos bares e restaurantes; podemos ter alguma pessoa com engasgo na praça, ônibus, cinemas ou até mesmo andando na rua comendo uma pipoca,” afirmou a presidente da Abrasel, Karla Rocha.
A Abrasel defende uma abordagem “educativa” para alcançar toda a população. “Precisamos sim de ações educativas para a população, e estamos dispostos a contribuir sempre quando o assunto for a segurança dos nossos clientes”, concluiu Karla Rocha.
Conforme o texto publicado no Diário Oficial do Município, a lei já entrou em vigor a partir da data de sua publicação. Não foi detalhado se haverá prazo para os estabelecimentos se adequarem, nem sobre como será feita a fiscalização ou penalidades. A PBH informou que a "Secretária Municipal de Saúde está planejando as ações para a implementação da lei".