Abstenção no primeiro dia de provas do Enem em Minas foi de 26,06%

Elemara Duarte* - Hoje em Dia
24/10/2015 às 20:29.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:12

(Carlos Henrique/Hoje em Dia)

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou neste sábado (24) que o índice de abstenção do primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi de 25,31% (o que equivale a 1.865.255 candidatos), que segundo ele, é menor do que foi em 2014. Em MG, a abstenção chegou a 26,06%.

Um total de 6.911.938 candidatos consultou os cartões de confirmação das provas. O Minitério da Educação, porém, ainda não tem o número consolidado de pessoas que compareceram para fazer a prova. Ao longo do processo de aplicação do exame, foram eliminados 364 estudantes.

O estado brasileiro com o menor índice de abstenções foi a Paraíba, com 22,33%. Entre os motivos de eliminação, 34 estudantes foram identificados com objetos de metal – incluindo alguns com ponto eletrônico. Os casos estão sendo investigados pela Polícia Federal.

Foram atendidas cinco emergências médicas e ocorreu um óbito. Neste caso, a fiscal de prova no Mato Grosso do Sul, Tatiane de Carvalho, 22 anos, sofreu uma convulsão e não resistiu.

Um índice que teria diminuído bastante em relação ao ano passado foram os casos de tentativa de postagem das provas na internet, no local de realização das mesmas. Neste ano, apenas um caso foi registrado.

Maior do mundo

O Enem é o segundo maior exame de acesso ao ensino superior do mundo, atrás apenas do "Gaokao", feito na China. Nas 63 universidades federais do país, a prova é usada como parte ou o todo do processo seletivo.

O Enem ainda é critério para acesso às bolsas do Programa Universidade Para Todos (ProUni), ao Financiamento Estudantil (Fies) em faculdades privadas e ao programa Ciência sem Fronteiras, que envia universitários para intercâmbio no exterior.

O fechamento dos portões para o Enem terminou em confusão em alguns locais de prova em São Paulo. Na Uninove, na zona oeste da capital, candidatos retardatários, desesperados, tentaram entrar por meio das grades da universidade, mas foram contidos por seguranças.

A PM ajudou a retirar o grupo do prédio. Uma das candidatas passou mal. Após desmaiar, ela foi socorrida no local e encaminhada a um hospital.

Atrasadinhos

O ministro alertou ainda para o descaso de muitos participantes do Exame Nacional ao deixar para olhar os locais das provas na última hora. Segundo ele, ao meio-dia (uma hora antes do fechamento dos portões) deste sábado, faltavam 844 mil pessoas para confirmar a inscrição e, mais de 5 mil ainda estavam consultando estes dados a menos de meia hora do fechamento.

“A um minuto para as 13h, ainda tinha gente acessando o cartão”, pontuou o ministro. “Na prova deste domingo, saiam com antecedência para que não aconteça este tipo de prejuízo”, alertou.

O movimento foi intenso na PUC Minas

Em Belo Horizonte, a movimentação do primeiro dia de provas nos dois locais que, historicamente, concentram o maior número de candidatos do Enem, a UFMG e a PUC Minas do Coração Eucarístico, começou logo cedo.

Duas horas antes do horário previsto para a abertura dos portões, às 10h, Camila Evangelista Godoi, de 17 anos, já estava a postos na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich), no campus Pampulha da UFMG. Apesar da ansiedade, a escolha de antecipar-se, garantiu ela, fez bem. “Estou nervosa, apesar de bem preparada, mas não queria correr nenhum risco que pudesse me fazer perder a prova”, justificou.

Poucos problemas

Poucos candidatos tiveram a infelicidade de encontrar os portões fechados. Cyndi Layne, de 17 anos, que deseja estudar administração, foi um deles. A adolescente chegou quatro minutos atrasada, após perder o cartão que daria acesso à sala de aula.

Na PUC, na região Noroeste, os problemas ficaram restritos a atrasos pontuais e à falta de atenção de alguns às regras do Enem. Pelo menos seis pessoas chegaram depois das 13h e foram impedidas de acessar a universidade.

Entre elas, o terapeuta José Nascimento, de 34 anos. Ele alegou não ter sido avisado do horário de fechamento dos portões. “Como o teste começa às 13h30, pensei que pudesse chegar mais tarde. Ninguém me avisou que seriam tão rigorosos”, disse.

No caso de Dênis Gonçalves, de 37 anos, foi a ausência dos documentos originais que o impediu de fazer o exame. “Já estava na sala quando disseram que o xerox não valia”.

*(Colaboraram Patrícia Santos Dumont e Raquel Ramos) 

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