Os acidentes de trânsito envolvendo vítimas do cerol aumentaram quase 30% em Minas este ano. Duas pessoas não resistiram aos ferimentos provocados pelas linhas cortantes e morreram no Estado. O alerta contra a “brincadeira” perigosa é ainda maior nesta época do ano, devido aos ventos fortes e férias escolares.

Quem for flagrado com cerol ou linha chilena pode ser multado em R$ 179 mil - nos casos de reincidência. Se os itens apreendidos estiverem com crianças, os responsáveis legais são notificados e o Conselho Tutelar, acionado. 

Na tentativa de alertar a população sobre os riscos, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) lançou mais uma edição da campanha “A Vida por um Fio”. A ação incentiva as pessoas a denunciar o comércio ilegal e os locais onde os materiais são fabricados. Uma ligação anônima pode ser feita por meio do Disque Denúncia 181.

Conforme a Sejusp, de janeiro a junho, já foram registrados 14 acidentes de trânsito em Minas com vítimas da utilização do cerol. No mesmo período de 2023 foram 11 e, em todo o ano passado, 23.

O motorista, entregador e motociclista Alecsandro Pires sabe bem o que é o drama do cerol. Há dois anos ele perdeu o sobrinho e afilhado, de 19, vítima de um acidente de moto causado por uma linha de cerol. 

“Um acidente muito feio, que abalou toda uma família, toda uma estrutura. Ele morreu no dia do meu aniversário. Acabou com um futuro de um homem que tinha uma vida toda pela frente. Nós só ficamos alertas quando acontece com a gente. Devia doer em todo mundo”, finaliza.

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