Acusada de envolvimento na morte de primo do goleiro Bruno será julgada

Thaís Mota - Hoje em Dia
Publicado em 08/08/2013 às 15:23.Atualizado em 20/11/2021 às 20:48.
Às vésperas de completar um ano, será julgado o primeiro acusado de envolvimento na morte de Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno Fernandes. Denilza Cezário da Silva vai a júri popular na manhã desta sexta-feira (9) no 1º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette em Belo Horizonte por ter contribuído para o assassinato de Sérgio, peça fundamental nas investigações do Caso Bruno.
 
De acordo com o Ministério Público, Denilza contou ao seu namorado, Alexandre Ângelo de Oliveira, que tinha sido assediada por Sérgio ao sair para o trabalho e que ele teria tentado passar a mão no seu corpo. No dia seguinte, o casal foi até o local onde aconteceu a abordagem, ela desceu da moto e continuou o caminho a pé, sendo acompanhada de longe pelo namorado. Quando Sérgio se aproximou e passou a acompanhá-la, Alexandre começou a perseguição, efetuando diversos disparos de arma de fogo, até encurralar Sérgio em um lote, quando terminou a execução do crime. 
 
Durante a fase de instrução do processo, Alexandre confessou que atirou em Sérgio, por que este teria assediado sua namorada, confirmando o cunho passional do crime. Já Denilza negou os fatos narrados na denúncia e disse que não teve nenhum envolvimento com o assassinato, apenas confirmando que contou ao namorado sobre a abordagem do primo do goleiro Bruno.
 
Entretanto, o processo foi desmembrado em janeiro deste ano porque a defesa de Alexandre ingressou com um recurso contra a setença de pronúncia. Por isso, apenas Denilza será julgada nesta sexta-feira. Enquanto, o suspeito de ter atirado contra Sérgio Rosa ainda terá a data do júri popular marcado. Enquanto isso, continuará aguardando o julgamento no presídio São Joaquim de Bicas II, onde cumpre prisão preventiva desde outubro de 2012.
 
Relembre o caso
 
Sérgio Rosa Sales respondia por homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver de Eliza Samudio. Segundo a Polícia Civil, ele era peça fundamental no caso que investigava o desaparecimento da ex-modelo. Em depoimento à polícia, o primo de Bruno teria revelado que a ex-amante do atleta teria sido morta. Depois Sérgio mudou de versão e disse que foi pressionado para falar sobre o crime.
 
Ele ficou 400 dias preso na Penitenciária Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, e na época da saída, disse que se sentia "feliz e aliviado". Sérgio Rosa foi morto perto de casa, na rua Aracitaba, esquina com rua Maria Madalena, quando saía para o trabalho. Inicialmente, a polícia investigou a suspeita de que o homicídio tenha sido uma queima de arquivo, já que Sérgio era um dos envolvidos no caso do desaparecimento da modelo Eliza Samúdio. Mas a hipótese foi descartada após a conclusão do inquérito. 
 
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