A Justiça mineira decidiu que o técnico de eletrônica José Antônio Mendes de Jesus, acusado de matar a argentina Maria Silvina Valeria Perotti, vai a júri popular. Na época do crime, em fevereiro de 2013, a vítima estava grávida de 7 meses.   A decisão de levar o réu a júri popular é da juíza sumariante do 2º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, Âmalin Aziz Sant’Ana. Para ela, a materialidade do crime está demonstrada no relatório de necropsia juntado ao processo, que mostrou que a vítima morreu em decorrência de traumatismo cranioencefálico causado possivelmente por disparo de arma de fogo. Além do homicídio, José Antônio também responde por tentativa de aborto.   Para tomar a decisão, a magistrada também levou em consideração os depoimentos de duas testemunhas que estavam presentes na cena do crime e, além de reconhecerem o acusado, alegaram ter visto apenas duas pessoas no carro em que ocorreu o disparo.    A juíza acolheu as qualificadoras motivo torpe - por não aceitar a gravidez – e utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima.    Relembre o caso   A argentina Maria Silvina Valéria Perotti, de 33 anos, foi baleada no bairro Prado, na região Oeste de Belo Horizonte, no dia 10 de fevereiro de 2013. A suspeita é que o crime tenha sido cometido por seu companheiro, José Antônio Mendes de Jesus.   Maria Silvina estava grávida de 7 meses e chegou a ser socorrida em estado gravíssimo, passou por cirurgia para a retirada do bebê, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.   A criança foi salva durante uma cesárea de emergência e saiu da Maternidade Júlia Kubitschek no dia 17 de maio de 2013. O bebê ficou aos cuidados da avó, Sílvia Perotti.   Em sua defesa, José Antônio alegou que o casal foi vítima de assalto e que ele foi levado pelos autores do crime até a BR040, de onde os agressores fugiram. Mas testemunhas que estavam nas imediações contestaram a versão do acusado e afirmaram que ele foi o autor dos disparos.

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