O advogado criminal Jayme Eulálio de Oliveira foi assassinado sete dias depois de absolvido, pela 6ª Vara Criminal, da acusação de corrupção passiva. A absolvição do processo de autoria do Ministério Público, em dezembro de 2004, aconteceu no último dia 16.  Na noite da última terça-feira (22), Jayme foi executado com cerca de 40 tiros de fuzil quando chegava em casa, no bairro Castelo, na Pampulha, em Belo Horizonte. Segundo a assessoria de imprensa do Forum Lafayette, o processo de número 002406088039-0 não está disponível e, por isso, não é possível detalhar o caso. O celular do advogado de Jayme, Flávio Gibson de Alvarenga, não recebia chamadas, nesta sexta-feira (25). Jayme também era investigado pela 12ª Promotoria Criminal de Belo Horizonte por crime contra o patrimônio. Ainda não houve denúncia, e o caso, referente a um episódio em 2002, segue em segredo de Justiça.   OAB   Nesta sexta-feira, a presidente da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas da seção mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cíntia Ribeiro de Freitas, informou que a entidade entregou à Polícia Civil relatório informando que Jayme estava registrado no órgão de representação dos advogados. Não há nada contra ele no que diz respeito ao exercício da profissão.   Segundo Cíntia, a OAB não pode informar se consta alguma reclamação sobre Jayme na entidade. Ela afirmou, porém, que ele nunca sofreu punição e que não há relato de que estivesse sendo ameaçado. Jayme era advogado há 13 anos.    “A OAB não emite juízo de valor e vai colaborar com as investigações como operadora do direito para que haja punição. Na quinta-feira, uma equipe multifuncional visitou o procurador-geral de Justiça, o corregedor da Polícia Civil e o comandante da Polícia Militar para pedir apoio e se colocar à disposição”, disse Cíntia.

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