Advogados de ‘Bola’ recorrem ao STF para adiar julgamento

Celso Martins - Do Hoje em Dia
12/11/2012 às 21:54.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:13

( MAURICIO DE SOUZA)

Os três advogados que defendem o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o “Bola”, vão entrar com pedido no Supremo Tribunal Federal (STF), ainda nesta semana, para tentar adiar o julgamento dos cinco envolvidos pelo desaparecimento e suposta morte da ex-modelo Eliza Samudio, em junho de 2010. O julgamento está marcado para o próximo dia 19.  Os advogados de “Bola” vão alegar que o júri popular não pode ser realizado em Contagem, pelo fato de que o suposto assassinato teria ocorrido em Vespasiano, na casa do ex-policial. O advogado Ércio Quaresma, que defende “Bola”, disse que vai argumentar ainda que a juíza de Contagem, Marixa Fabiane Rodrigues, restringiu o acesso aos vídeos com os depoimentos das testemunhas.   O advogado Rui Pimenta, que defende o ex-goleiro Bruno Fernandes, pediu nesta segunda-feira (12) à Justiça de Contagem que seja incluída uma nova testemunha, Luiz Henrique Timóteo, padrasto do atleta, que está preso em Governador Valadares, no Leste do Estado.   Carta   Segundo Rui Pimenta, Luiz Henrique escreveu uma carta garantindo que Eliza Samudio viajou para Bolívia com passaporte falso montado em Governador Valadares. A tese de que a ex-mulher de Bruno está viva e que não há crime sem corpo será usada pelos advogados para todos os réus.   Já o Ministério Público e o advogado José Arteiro, assistente da acusação, vão tentar convencer os jurados que Marcos Aparecido dos Santos matou Eliza Samudio e sumiu com o corpo.   O promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro vai argumentar ainda que uma mãe jamais abandonaria o filho, para tentar anular a tese dos advogados dos réus de que Eliza Samudio estaria viva.    Com mais de 12 mil páginas, o julgamento de Bruno Fernandes deve durar até 12 dias e promete ser um dos mais polêmicos. A assessoria de imprensa informou que o Tribunal de Justiça não quis comentar sobre o recurso ao STF, alegando não ter conhecimento da iniciativa.

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