Aeroporto de Juiz de Fora opera sem plano de segurança

Renata Miranda - Do Hoje em Dia
11/10/2012 às 06:54.
Atualizado em 22/11/2021 às 02:00
 (Marcelo Ribeiro/Tribuna de Minas)

(Marcelo Ribeiro/Tribuna de Minas)

JUIZ DE FORA – O Aeroporto da Serrinha, em Juiz de Fora, opera sem um Plano de Segurança Aeroportuária (PSA) homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A documentação do terminal aéreo mais antigo da Zona da Mata perdeu a validade há dois anos.

O PSA é, na prática, um manual que delimita as ações de segurança em qualquer aeroporto. O plano é exigido pela Anac em terminais com tráfego de aeronaves com capacidade de mais de 60 passageiros.

“Nós mandamos um PSA para a Anac, mas ainda não foi homologado”, afirmou Cipriano Magno de Oliveira, gerente da Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico (Sinart), empresa que opera o Serrinha.

No aeroporto de Juiz de Fora, a empresa Trip realiza 14 voos diários com aeronaves modelo ATR 72, de 68 a 72 lugares, e ATR 42, de até 47 assentos. Os destinos são BH, Rio de Janeiro e São Paulo. A média de ocupação é de 70%.
 
Segurança

Segundo o coordenador da Escola Superior de Aviação Civil (Esac), José Roberto Ribeiro, o PSA é de fundamental importância em qualquer terminal. Para ele, o documento é a garantia de segurança dos usuários. “Não sei como o Aeroporto Francisco Álvares opera sem um PSA”, questiona.

De acordo com a assessoria de imprensa da Anac, outros documentos também atestam a segurança do Aeroporto da Serrinha.
 
Equipamentos

O terminal é de propriedade da Prefeitura de Juiz de Fora. A Sinart tem um contrato de quatro anos de exploração do serviço público. A subsecretária de operações da Secretaria de Transportes, Roberta Ruena, diz não haver problemas na falta de PSA. “Nós fomos vistoriados pela Anac recentemente, e o PSA emitido em 2007 (agora, vencido) não foi considerado um problema”.

Além da falta de plano de segurança, o Serrinha opera com um sistema precário de aproximação por instrumentos. O chamado ILS permite ao piloto o cálculo de sua altura e a posição de alinhamento com a pista. O mecanismo é usado, principalmente, em aeroportos com dificuldades meteorológicas, como o de Juiz de Fora.

De acordo com o gerente da Sinart, existe no aeroporto o equipamento localizador, capaz de fornecer a direção da pista na vertical. “Quase nenhum terminal tem o ILS completo. Quando estamos com problema de teto, recorremos ao aeroporto de Goianá”.

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