Agricultor multado por fogo no Parque Estadual de Grão Mogol

Girleno Alencar - Do Hoje em Dia
11/10/2012 às 21:18.
Atualizado em 22/11/2021 às 02:01

(SARGENTO FILHO/PMMG/Divulgação)

MONTES CLAROS – O aposentado Pedro Celestino da Silva foi multado em R$ 2,015 milhões pela Polícia Militar de Meio Ambiente, acusado de atear fogo em 1.045 hectares do Parque Estadual de Grão Mogol, no município homônimo, no Norte de Minas. O fogo devastou boa parte da área de proteção ambiental e causou grande impacto, com a destruição de matas nativas e a morte de animais silvestres.   O foco de incêndio começou na propriedade do aposentado, na comunidade de Boquinha. Pedro Celestino nega que tenha colocado fogo no terreno. Com uma renda mensal de R$ 400, ele diz que mal consegue sustentar a família, muito menos pagar a multa.   O tenente Yaroslav Poppof, da Companhia de Meio Ambiente da Polícia Militar, afirma que o fogo começou no dia 5 de outubro, mas somente ontem foi debelado. “Ainda ontem, na mesma região, surgiu novo foco de incêndio. As equipes já se deslocaram para tentar apagar o fogo”, disse o oficial.   Desmate   Segundo informações que estão no relatório policial, o incêndio começou após usarem o fogo para desmatar uma área de quase um hectare de vegetação nativa do Cerrado. Essa ação é considerada crime ambiental, pelo qual Pedro Celestino foi multado. Ele não foi preso por não haver flagrante.   O aposentado diz que possuía uma área de 300 hectares, que foi inserida no Parque Estadual de Grão Mogol. Ele alega, no entanto, que não foi indenizado. Ele afirma que todos os anos isola uma área onde planta o necessário para sustentar a família, mas com todos os cuidados ambientais.   Neste ano, dois rapazes ajudaram o aposentado a preparar as terras para a chegada das chuvas. No entanto, ele garante que não colocaram fogo e que, inclusive, foram os primeiros a perceber o incêndio e acionar a polícia.   Levantamento   A gerente regional do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Aneliza Melo, informou, na tarde de ontem, que fará um levantamento para saber a situação de Pedro Celestino.   Ela disse desconhecer o fato de que ele ainda tinha recursos a receber pela indenização da terra.

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