Água de mina no terreno da Câmara Municipal de BH será reanalisada

Sara Lira - Hoje em Dia
06/03/2015 às 18:03.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:15

(Marcelo Prates/ Hoje em Dia)

A água da mina que jorra no terreno da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) deve passar por uma nova análise. Canalizada desde 2009, ela passou por um estudo criterioso da Copasa que constatou contaminação por coliformes fecais, sendo imprópria para uso geral ou consumo.

“Não é recomendado seu uso para consumo humano e irrigação de hortaliças consumidas cruas. Seu uso, pelo nível de poluição, se limita à irrigação de gramados e condução de esgotos”, consta no laudo da Copasa, ao qual o Hoje em Dia teve acesso.

De acordo com o engenheiro civil da CMBH, João Henrique Budaruiche, em 2007 a água começou a aflorar em um pequeno barranco próximo ao estacionamento da portaria 6. Na época uma pequena drenagem foi feita, mas no ano seguinte a área desmoronou.

“Percebemos que essa água vem do lençol freático”, informou. Na época a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) realizou uma obra para canalização da água. Foram executados serviços de terraplenagem, implantação de rede de drenagem, execução de dreno profundo e recomposição do pavimento. O serviço custou R$ 194.781,38 e foi finalizado em maio de 2011.

O laudo feito pela Copasa foi pedido pela CMBH. “Queríamos saber se essa água era tratada ou não, para ter certeza da origem”, disse o engenheiro.

Segundo o especialista, foi levantada a hipótese de construção de um reservatório para que essa água fosse guardada e usada, pelo menos, nas descargas dos banheiros. No entanto, o alto custo da obra, inviabiliza o projeto.

“Teríamos que fazer um reservatório no subsolo, onde a água nasce e bombeá-la para uma outra caixa, além de reformar toda a encanação dos sanitários”, pontuou.

Além disso, ele explica que a água nem sempre vem com a mesma quantidade. “Ela é sazonal. Há períodos do ano que vem com mais intensidade e outros com menos”, explicou.

LICITAÇÃO

De acordo com a assessoria de imprensa da Câmara, devido ao período de crise hídrica, o presidente da Casa, vereador Wellington Magalhães (PTN) solicitou ao corpo administrativo que seja aberta licitação para contratação de um laboratório que realize nova análise da água.

A intenção é saber se, após o último estudo, houve alguma alteração que tenha tornado a água própria para consumo ou pelo menos para uso geral, como lavagem de chão ou de banheiros, para que, então, ela seja reaproveitada.
 

Mesmo sendo contaminada, há quem arrisque usar a água. Foto: Marcelo Prates/ Hoje em Dia

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