A venda de álcool líquido 70% em supermercados e outros estabelecimentos volta a ser proibida no Brasil, conforme determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A medida começa a valer a partir desta terça-feira (30).
Em 2002, o poder público proibia a comercialização. No entanto, foi temporariamente revogada, em 2020, durante a pandemia de Covid-19. Na época, o álcool usado para a higienização de mãos e objetos ajudava a evitar a disseminação do vírus.
De acordo com o Ministério da Saúde, são registradas cerca de 150 mil internações por ano, em decorrência de queimaduras. Com base em levantamentos e consultas com participação da sociedade, a Anvisa explica que, em geral, a situação mais perigosa envolvendo queimaduras está relacionadas ao uso do álcool no momento em que as pessoas acendem churrasqueiras e fogueiras.
“No gerenciamento de risco são considerados vários fatores para se avaliar o potencial perigo de um produto para o ser humano. No caso do álcool, um desses fatores é a facilidade de espalhamento do produto antes e durante a combustão quando em estado líquido, o que é inversamente proporcional quando com viscosidade. Assim, quando há acidente com o álcool na forma física líquida, a extensão e o dano à pele são grandes”, informou a agência.
Na semana passada, o Hoje em Dia mostrou que consumidores não gostaram da medida. Segundo eles, o produto é útil, principalmente na limpeza da casa. A retirada de álcool líquido das prateleiras de supermercados também foi criticada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
A entidade reivindica, junto à Anvisa, que a medida seja revista, sob o argumento de que “o consumidor já se acostumou a comprar [o produto] não só em farmácias, mas em supermercados de todo o Brasil”.
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