
Os caminhoneiros que, desde a madrugada de domingo (22), fecham parcialmente trechos da Fernão Dias, provocando congestionamentos quilômétricos, no início da tarde desta segunda-feira (23) impediram o tráfego na BR-262, no entrocamento com a MG-050, em Juatuba, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Além disso, a categoria ameaça bloquear o trânsito também na BR-040.
Nesta manhã, conforme a Autopista Fernão Dias, a pista está fechada na altura do quilômetro 513, em Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Há lentidão do km 496 ao 513, no sentido São Paulo, e do km 521 ao km 513, no sentido BH.
Em Oliveira, no Centro-Oeste de Minas, o engarrafamento vai do km 622 ao km 617, no sentido capital. Na mesma região, em Perdões, o tráfego está parcialmente impedido dos kms 681 ao 677, no sentido BH, e entre os kms 676 ao 677, no sentido São Paulo. Ainda no Centro-Oeste do Estado, em Santo Antônio do Amparo, há lentidão do km 637 ao 636 no sentido capital.
Reivindicação
Os caminhoneiros apresentam três reivindicações. A primeira é em relação ao valor do Diesel. "O combustível não pode comprometer mais do que 40% do nosso orçamento. E ele tem comprometido cerca de 70%", disse o caminhoneiro Carlos Henrique Anselmo, um dos participantes do movimento.
A outra é o aumento do valor do frete. Segundo o caminhoneiro autônomo Renato Martins de Almeida, que também participa do protesto, pedágio e abastecimento ficaram mais caros, mas o frete permanece o mesmo. "Não estamos tendo lucro suficiente", lamentou.
A terceira reinvidicação se refere a Lei 12.619 de 2012, que estipula normas trabalhistas para caminhoneiros. Uma delas determina que eles circulem apenas oito horas por dia. "Não nos dão condições de ter que parar na estrada a cada 8h. Além disso a viagem vai ficar mais longa e não querem aumentar nosso salário pra isso", afirmou Renato.
Os motoristas não têm previsão de por fim com a greve.