O estudante de 16 anos, suspeito de ter provocado o incêndio no Instituto Estadual de Educação de Minas Gerais (IEMG), na região Central de BH, na manhã de quarta-feira (22), saiu da escola assustado, foi até o trabalho da mãe, almoçou, chegou em para casa e, só no fim da tarde, relatou o ocorrido. O relato do adolescente consta no Boletim de Ocorrência da Polícia Militar. 

No documento, o menor contou que fumava um cigarro na companhia de um outro colega, de 13 anos. Eles estavam dentro da sala de aula onde as carteiras estavam empilhadas e cobertas por um plástico. 

O jovem disse à PM que teria descartado a "guimba" do cigarro sobre o plástico. Em seguida, usou um isqueiro para queimar o restante do material. Aos militares, o menor afirmou que notou "algumas chamas", mas que eram "pequenas" e achou que o fogo não iria se propagar. Em seguida, ele teria abandonado o local.

Os estudantes voltaram para a sala para assistir a uma aula de matemática. Cerca de cinco minutos depois, notaram o incêndio. Outras pessoas começaram a gritar "fogo, fogo". Assustado, deixou o local. 

Ainda conforme relato à PM, ele teria almoçado com a mãe antes de ir para casa sem revelar nada. Horas depois, contou à família o que havia acontecido e foi orientado a ligar no 190. 

Diante da denúncia, os policiais foram até a casa do suspeito, localizada em Contagem, na região Metropolitana, e apreenderam o menor. Segundo os militares, o aluno disse estar com "peso na consciência". 

Ele foi encaminhado para a delegacia, onde prestou depoimento. O menor pode responder por ato infracional análogo ao crime de incêndio.

Incêndio
O incêndio no Instituto de Educação, que fica no bairro Funcionários, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, começou por volta das 9h45 e foi controlado por volta das 12h. Uma sala que era utilizada como depósito e arquivo foi destruída pelas chamas.

Centenas de pessoas foram evacuadas do prédio. Alunos relataram que as turmas do Ensino Médio estavam no recreio quando uma fumaça preta começou.

Aos menos 39 estudantes e uma servidora do IEMG foram atendidos no hospital João XXIII e na UPA Centro-Sul.

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