Protesto do movimento Tira o Pé da Minha Serra na sede do TJMG em Belo Horizonte (Maurício Vieira / Hoje em Dia)
Ambientalistas fizeram nova manifestação em defesa da Serra do Curral na tarde desta quarta-feira (26), na sede do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), na Serra, região Centro-Sul de BH. O grupo protesta contra decisão do TJMG que suspendeu reunião do Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep) que votaria o tombamento provisório da Serra.
Segundo o engenheiro ambiental Felipe Gomes, organizador do ato, cerca de 80 pessoas protestaram "em defesa da Serra". Segundo ele, os atos não vão parar "enquanto a licença da Tamisa não cair e (sair) o tombamento definitivo da Serra”.
O ambientalista também cobra um encontro com o presidente do TJMG, José Arthur de Carvalho. Segundo ele, a audiência de conciliação convocada pela Corte não contempla "movimentos sociais". "As partes estão desiguais. Há mais pessoas em defesa da mineração", afirmou Felipe.
No protesto, foram estendidas faixas pedindo o tombamento da Serra do Curral e protestando contra a autorização concedida pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) à empresa Taquaril Mineração S.A. (Tamisa), no fim de abril.
Na noite dessa terça-feira, o mesmo grupo fez uma projeção na sede do TJMG e exibiu a frase: "Salve a Serra do Curral".
A reunião do Conep que debateria o tombamento provisório da Serra do Curral estava prevista para a tarde desta quarta (27). Contudo, precisou ser retirada de pauta após o TJMG conceder liminar favorável à mineradora.
O que diz a empresa
Em nota, a Tamisa diz que "cumpre todas as determinações e recorre à Justiça sempre que houver necessidade". "A empresa vê clara ilegalidade na forma como o assunto do tombamento da Serra do Curral está sendo conduzido e, sempre buscará a garantia de seus direitos", afirmou.
No comunicado, a Tamisa também afirma ter cumprido "todas as exigências da legislação vigente para a obtenção das licenças do seu empreendimento junto aos órgãos competentes". "A empresa reafirma reafirma o seu compromisso com a ética, o cumprimento à legislação e a sua confiança na verdade e na Justiça", completou.
A reportagem pediu informações ao TJMG e aguarda retorno.
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