Ambulantes que trabalhavam na área externa do Estádio Mineirão ocuparam a sede da regional Pampulha, na manhã desta segunda-feira (19). Os comerciantes exigem a volta do comércio popular nos arredores do Gigante da Pampulha. Além disso, a categoria exige que o edital de licitação do espaço não seja publicado, mas que seja respeitado o processo de negociação com os trabalhadores, e que sejam cumpridos os acordos firmados entre a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), o Governo de Minas, as promotorias do Ministério Público e os barraqueiros. Eles também reivindicam que os barraqueiros sejam reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado, dentre outras. A Secretaria Regional Pampulha foi procurada pela reportagem, mas ninguém foi localizado para falar sobre o assunto. Os barraqueiros foram retirados do local em 2010, com a preparação para a Copa e quando o local passou a ser gerido pelo consórcio privado Minas Arena. Desde então foram feitos diversos acordos e reuniões para a volta dos comerciantes. De acordo com a Associação dos Barraqueiros da Área Externa do Mineirão (Abaem), cerca de 150 famílias foram prejudicadas diretamente e 400 indiretamente com a proibição das vendas. Ocupação Em fevereiro deste ano, os barraqueiros ocuparam a sede da regional. Na ocasião, conforme Isabella Miranda, integrante das Brigadas Populares e do Comitê Popular dos Atingidos pela Copa (COPAC), o secretário Humberto Pereira reuniu com a categoria e teria garantido que, caso o Ministério Público Estadual (MPE) emitisse parecer favorável a volta dos ambulantes, não seria necessário licitação. Ainda segundo Isabela, o MPE já sinalizou que apoia os comerciantes.