Ambulantes temem suspensão do comércio às margens da BR-116

Daniel Antunes - Do Hoje em Dia
29/10/2012 às 21:26.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:41

(Leonardo Morais)

A inclusão da BR-116 (Rio-Bahia) no pacote de concessões de rodovias federais que serão exploradas pela iniciativa privada, anunciada há dois meses pela presidente Dilma Rousseff, trouxe um novo alento para motoristas que trafegam pela perigosa estrada. Mas é motivo de preocupação para ambulantes que sobrevivem do comercio à beira da rodovia. No distrito de Chonim de Baixo, distante 20 quilômetros de Governador Valadares, no Leste de Minas, donos das tradicionais barracas não sabem se o comércio informal vai resistir às intervenções. Muitos atuam no local há pelo menos quatro décadas, vendendo água de coco. “Aqui não tem emprego e o que sei fazer é vender água e outros produtos para quem passa pela rodovia”, disse a comerciante Eliane Maria Lopes, de 51 anos.    “O dinheiro que ganho com a minha barraca dá para sustentar a casa onde moro com a minha filha e uma neta de 10 anos. Se tiver que sair daqui, vou para debaixo da ponte”, reclamou.  As barracas, a maioria feita de madeira, ficam debaixo de árvores típicas da região, como a gameleira. Os vendedores estimam que, durante o verão, o movimento dobre.   Cada ambulante chega a lucrar até R$ 500 por dia. “Se tiver que sair da beira da estrada vou manter o comércio dentro de casa”, disse o comerciante Milton Policarpo Costa, de 58 anos, que mora nas margens da BR- 116.   O presidente da Associação de Moradores do Chonim de Baixo, Manuel Pereira Alves, vai levar o caso ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Valadares.

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