O corpo do professor de medicina da UFMG Antônio Leite Alves Radicchi está sendo velado no Salão Nobre da Faculdade de Medicina da UFMG (av. Professor Alfredo Balena, 190). O sepultamento será às 17h, no Cemitério do Bonfim (rua Bonfim, 1120). O professor foi esfaqueado na manhã desta segunda-feira (13) quando estava dentro de um ônibus da linha 9805, indo para o trabalho. O suspeito do crime foi preso.
Graduado em Medicina pela UFMG e doutor em Medicina Preventiva pela Universidade de São Paulo (USP), Radicchi era docente da UFMG desde 1980. Ele foi chefe do Departamento de Medicina Preventiva e Social por dois mandatos, membro da Congregação da Faculdade e coordenador do Centro de Extensão e do Internato em Saúde Coletiva, conhecido como Internato Rural. Era membro do Conselho Diretor do Núcleo de Educação em Saúde Coletiva (Nescon) e foi fundador do projeto Manuelzão.
Dez facadas
O motorista do ônibus da linha 9805 (Santa Efigênia/ Renascença) contou à Polícia Militar que a vítima estava sentada na parte da frente do veículo quando um homem de 26 anos e uma mulher de 27 entraram. Logo e seguida, o suspeito e o professor começaram a discutir. No momento em que o veículo passava pela rua Juazeiro, no bairro São Cristóvão, o jovem esfaqueou Radicchi cerca de dez vezes e tomou a mochila da vítima. O casal fugiu do ônibus em direção ao bairro Concórdia.
O professor foi levado imediatamente para o Hospital Odilon Behrens, mas demorou ser identificado, pois os documentos deviam estar na mochila roubada. Uma pessoa do hospital o reconheceu como professor da Escola de Medicina.
A Polícia Militar foi acionada e fez rastreamento pela região, localizando o casal suspeito na rua. O homem de 26 anos assumiu o crime e contou que havia se desentendido no passado com a vítima. Os familiares do professor, porém, contestam a versão.