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Análise da denúncia de comida estragada no hospital João Paulo II levará 10 dias, diz Fhemig

Clara Mariz
@clara_mariz
13/04/2022 às 17:46.
Atualizado em 13/04/2022 às 18:24

(Redes Sociais / Reprodução)

A investigação que vai apurar as denúncias de que servidores, pacientes e acompanhantes estavam recebendo comida estragada no Hospital Infantil João Paulo II, em Belo Horizonte, deve levar 10 dias para divulgar o resultado. De acordo com a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), os alimentos foram recolhidos e estão sendo analisados para que a devida apuração do caso.

Ao Hoje em Dia, Carlos Augusto dos Passos Martins, presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos Operacionais de Saúde, Analistas de Gestão da Saúde e Auxiliares de Apoio à Saúde de Minas Gerais (Sindpros), informou que a empresa que forneceu as marmitas azedas continua atuando na unidade hospitalar, mas que, desde a denúncia da última segunda-feira (11) não houve mais casos parecidos.

"Bom, achamos que a situação não está resolvida já que não mudaram a firma (que distribui a comida), mas não houve caso recente. Porém, como tem sido recorrente, eu acho que pode acontecer mais vezes já que a empresa é a mesma”, disse Martins.

Ainda conforme o presidente do Sindpros, os servidores foram instruídos a, caso alimentos estragados ou azedos sejam oferecidos novamente, antes de descartá-los, que o sindicato seja acionado e façam o registro por meio de fotos ou vídeo.

Na segunda, a Fhemig informou que a denúncia foi formalizada junto à Coordenação de Nutrição da unidade hospitalar. E que caso a procedência incorreta do alimento seja comprovada, a empresa poderá ser notificada "conforme previsto em contato".

Questionada sobre o registro de casos de pessoas que tiveram intoxicação alimentar após a distribuição das supostas marmitas vencidas, a Fhemig  informou que não houve nenhum caso relacionado. O nome da empresa responsável pela alimentação no hospital também não foi informado.

Situação Recorrente
Essa não seria a primeira vez que comida estraga foi servida aos funcionários, pacientes e acompanhantes do hospital infantil João Paulo II. Carlos Martins afirmou que, desde o ano passado, o Sindpros tem feito denúncias à direção da Fhemig que administra a unidade pediátrica.

De acordo com o presidente do sindicato, houve casos, inclusive, de servidores que tiveram indisposição intestinal depois de consumir a comida estragada, com larvas na salada. Ele disse também que as marmitas de pacientes que precisam de dieta especial têm sido substituídas por outras que não seguem a prescrição médica.

Sobre o caso das larvas encontradas em marmitas em outubro do ano passado, a Fhemig respondeu ao Hoje em Dia que, "no ano passado, era outra empresa (que fornecia a comida)", e que o contrato da atual fornecedora de refeições coletivas também já está no fim.

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