Anel Rodoviário de BH vai ganhar dois viadutos até fim de junho; obras começam semana que vem
Serão investidos, também, R$ 50 milhões na recuperação da via: troca do asfalto, recapeamento e revitalização das sinalizações horizontal e vertical
O Anel Rodoviário, que passará a ser de responsabilidade da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) ainda neste primeiro semestre, vai ganhar dois viadutos. Um na BR-040 e outro na Via Expressa.
A gestão dos mais de 26 km da rodovia foi detalhada nesta quinta-feira (6), na sede da PBH, pelo prefeito em exercício, Álvaro Damião, e os ministros Renan Filho (dos Transportes) e Alexandre Silveira (de Minas e Energia).
Estão previstos investimentos de R$ 110 milhões - R$ 60 milhões para construir os viadutos. Os outros R$ 50 milhões serão utilizados na recuperação da via, como troca do asfalto, recapeamento e revitalização das sinalizações horizontal e vertical, por meio do Programa BR Legal, do Governo Federal.
Somente depois dessas intervenções, a PBH irá assumir totalmente o Anel Rodoviário. A transferência desses recursos para obras ainda depende da aprovação do orçamento geral da União, que deve ocorrer em abril.
Para que ocorra a municipalização, foram colocadas condicionantes pela PBH. Juntamente com a entrega da rodovia ao poder Executivo serão realizadas duas obras, sendo um viaduto sobre a Via Expresa, no bairro Califórnia, na região Noroeste, e outro sobre a BR-040, no bairro Olhos D'Água, Oeste da capital.
"São R$ 50 milhões aproximadamente que estarão sendo investidos na infraestrutura do Anel Rodoviário já a partir da próxima semana pelo governo federal. E outros R$ 60 que serão aportados para a construção de dois viadutos que são importantíssimos para o início de tudo que começa a partir de agora na nova história do Anel Rodoviário, que são os viadutos da BR-040 e da Via Expressa. Depois disso, a gente recebe o Anel Rodoviário, e aí a Prefeitura de Belo Horizonte passa a tocar", detalhou Damião.
O ministro Renan Filho informou que as obras terão início na próxima semana e que a previsão de entrega total das intervenções é ainda no primeiro semestre deste ano.
"Já na próxima semana, com contrato já licitado, assinado, pronto para iniciar a obra mesmo, a a gente começa a recuperação do Anel Rodoviário, recuperação do pavimento, a recuperação da sinalização vertical, horizontal, toda a limpeza do entorno para passar o Anel em melhores condições para a prefeitura, recebê-lo e cuidar dele como uma avenida", disse.
Renan Filho destacou que o Anel Rodoviário será tratado pela PBH como uma avenida, e não mais como uma rodovia de integração nacional. Isso significa que a prefeitura irá implementar melhorias como a construção de calçadas, a ordenação do sistema de drenagem, a criação de acessos para veículos e ciclovias, além de outras intervenções para integrar o Anel Rodoviário à vida cotidiana da cidade.
"Quando foi construído, foi para ser uma rodovia de integração nacional, ligando estados brasileiros, passando por cidades. Por consequência, nunca dialogou com a vida cotidiana de uma cidade. E a PBH vai dar um outro caráter a essa obra. E para ser uma avenida, precisa ter calçada, precisa ordenar melhor a água, precisa garantir melhor acesso para os veículos, acessos não perpendiculares, fazer pequenas vias laterais, é, precisa garantir alguns espaços para as pessoas poderem trafegar de bicicleta. São obras de várias, vários tamanhos. Com investimentos pequenos, algumas delas e outros maiores. Os pequenos, a prefeitura já vai fazendo, já vai cuidando", informou.
Transferência do Anel Rodoviário será feita de forma gradual
A transferência do Anel Rodoviário será feita de forma gradual, após a conclusão das obras de recuperação do pavimento, sinalização e limpeza da via. As intervenções serão feitas pela PBH, que vai receber cerca de R$ 60 milhões dentro do Programa de Aceleramento do Crescimento (PAC). A transferências desses recursos ainda dependem da aprovação do orçamento geral da união, que ocorra em abril.
Com a municipalização do Anel Rodoviário, a Prefeitura de Belo Horizonte passará a ser a responsável pela gestão e manutenção da via, o que permitirá a realização de obras para a melhoria da mobilidade urbana na região metropolitana. Atualmente, uma parte é de responsabilidade do Dnit e a outra é administrada pela concessionária EPR Via Mineira.
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