Luna superou a expectativa de vida da espécie sob cuidados humanos (Suziane Brugnara)
A fêmea de rinoceronte, moradora do Zoológico de Belo Horizonte, conhecida como Luna, completa nesta quarta-feira (4) 52 anos. Ela é, atualmente, o animal mais velho da instituição, tendo superado a expectativa de vida para a espécie sob cuidados humanos.
Nascida em um zoológico da Alemanha, em 1970, Luna veio para BH em 1972, e há 50 anos é cuidada no zoológico da capital.
Luna é um rinoceronte-branco, uma espécie africana ameaçada de extinção e que, apesar do nome, possui a pele acinzentada.
Cuidados especiais
Por conta da idade avançada, Luna recebe cuidados especiais e tem uma dieta balanceada de acordo com suas necessidades nutricionais. Pelo fato de apresentar um quadro de conjuntivite crônica, devido a fatores alérgicos, é acompanhada diariamente pela equipe da veterinária, que faz a higienização dos seus olhos e aplica medicamentos sempre que necessário.
Ameaças à espécie na natureza
Na natureza, são muitas as ameaças aos rinocerontes. Dentre as principais, está a caça predatória para abastecer o comércio internacional ilegal de cornos de rinoceronte. Acredita-se que estes tenham poderes afrodisíacos e medicinais, mas sem comprovação científica. O corno de rinoceronte tem dois usos principais: na medicina tradicional chinesa (como redutor de febre) e ornamental. Além disso, recentemente, tornou-se um produto altamente valorizado para se fazer artefatos, como tigelas e pulseiras. No passado, em alguns países do Oriente Médio, já era usado na confecção de cabos para armas cerimoniais.
Curiosidade sobre o nome
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o nome popular está relacionado a um mal-entendido histórico. É chamado de “branco” por causa de sua mandíbula “larga” que os povos africanos, descendentes dos colonizadores holandeses, chamavam por “wijd” (largo), em inglês “wide”, mas os ingleses entenderam “white” (branco).
Zoo de BH em números
235 espécies de animais silvestres
3.800 indivíduos entre peixes, répteis, aves e mamíferos
78% de animais da fauna nacional e 22% da fauna exótica
60% da fauna nacional proveniente de apreensões do IBAMA, IEF, programas de resgate de fauna e crimes ambientais. Os animais também chegam por meio dos Planos de Conservação, permutas entre outros zoos e dos nascimentos no Zoo
18% são espécies ameaçadas de extinção
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