(Divulgação/Polícia Federal)
A Polícia Federal (PF) ouve, nesta segunda-feira (5), mais quatro pessoas em investigação sobre a suposta vacinação clandestina contra a Covid-19, realizada em uma garagem de ônibus, no bairro Caiçara, na região Noroeste de Belo Horizonte.
De acordo com a corporação, o número de vacinados pela cuidadora de idosos que se passava por enfermeira passa de cem. Até o momento, seis pessoas já prestaram depoimentos. Novas oitivas estão previstas.
Além disso, a PF informou que o material apreendido será periciado. Entre os itens, há cartões de vacinação com indicação da aplicação das doses do imunizante com o nome da Pfizer, seringas e caixas térmicas com as doses.
A corporação informou que trabalha com as hipóteses de que as vacinas tenham sido importadas ilegalmente, desviadas do Ministério da Saúde ou, ainda, falsificadas.
Histórico
A ação policial foi deflagrada após reportagem da revista Piauí, publicada em 24 de março, ter revelado, por meio de vídeos, a vacinação clandestina de empresários e políticos dentro de uma das garagens de uma empresa de transporte.
Em nota, a Pfizer negou “qualquer venda ou distribuição de sua vacina contra a Covid-19 no Brasil fora do âmbito do Programa Nacional de Imunização”. Ainda segundo a empresa, o imunizante Comirnaty ainda não está disponível na nação.
Em oitivas na segunda-feira passada (29), os empresários que teriam sido vacinados admitiram a aquisição dos medicamentos de procedência ilícita e que o valor cobrado por duas aplicações foi de R$ 600. No dia seguinte, os agentes cumpriram dois mandados de busca e apreensão na casa da suposta enfermeira e do filho, além de uma clínica de BH. Mãe, filho e um motorista, que teria levado a mulher até a garagem no dia da suposta imunização, prestaram depoimento na PF.
A mulher foi presa em 31 de março e encaminhada para a penitenciária Estevão Pinto, na capital mineira, mas foi solta provisoriamente no último sábado (3) após ter o pedido de habeas corpus aceito pela Justiça.
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