Aos olhos do visitante, Belo Horizonte é nota 10

Alessandra Mendes - Hoje em Dia
Publicado em 25/06/2014 às 07:58.Atualizado em 18/11/2021 às 03:08.
 (Samuel Costa/Hoje em Dia)
(Samuel Costa/Hoje em Dia)
Não importa se o idioma é inglês, espanhol ou francês. Em qualquer que seja a língua, a avaliação é praticamente unânime: BH vem desempenhando com louvor o papel de anfitriã. Uma das cidades-sede da Copa, a capital mineira já recebeu milhares de turistas estrangeiros nestas duas primeiras semanas de competição, e passou no teste em quesitos importantes, como mobilidade, segurança e hospitalidade. 
 
Os amigos argentinos Tony Perez, de 29 anos, e Gonzalo Falconnat, de 30 anos, vieram de Buenos Aires e estão impressionados com a estrutura montada para recepcionar os visitantes internacionais. “As pessoas nos acolhem muito bem e nos sentimos em casa. Já visitamos museus e parques e não temos do que reclamar”, afirmou Falconnat. “O trabalho da polícia é impressionante, vemos homens por todos os lados”, completou Perez.
 
O esquema de segurança também foi aprovado pelo chileno José Valdibenito, de 40 anos. Policial civil em Santiago, capital chilena, ele se disse surpreso com o contingente nas ruas. “Achei tudo aqui muito tranquilo e tenho que ressaltar o bom trabalho feito pelos policiais quando ocorreu uma briga entre argentinos e brasileiros”, avaliou o turista, que estava na Savassi pouco antes da confusão registrada na madrugada do último sábado.
 
Alvo de reclamações frequentes dos belo-horizontinos, a mobilidade também foi elogiada pelos estrangeiros. Vale ressaltar que apenas para os torcedores que vão ao estádio foram disponibilizados 400 ônibus especiais, circulando por ruas naturalmente mais vazias por causa de circunstâncias como férias escolares e ponto facultativo em dias de jogos. 
 
“Os ônibus são bons e não houve nenhum imprevisto no trajeto. Estou satisfeito com o serviço”, garantiu o dentista australiano Saschi Arulsotwy, de 25 anos. Assim como centenas de outras pessoas, ele utilizou os ônibus especiais para ir e voltar do Mineirão, onde assistiu nessa terça-feira (24) à partida entre Inglaterra e Costa Rica.
 
Deficiências
 
As críticas ficam por conta dos estrangeiros que estão há mais tempo em Belo Horizonte e que por este motivo já enfrentam problemas conhecidos a fundo pelos belo-horizontinos. É o caso dos colombianos Oscar Andrés, de 23 anos, e Andrés Giraldo, de 28 anos, que se mudaram para BH há dois meses.
 
“O preço da passagem de ônibus é alto em relação à qualidade do que é oferecido. Além disso, o metrô é ruim e não liga partes importantes da cidade”, reclamou Andrés. “As opções de atrações culturais são poucas. Na segurança pública, vejo problemas como na maioria das cidades latinas”, completou Giraldo.
 
Um olhar crítico sobre a cidade que o turista que veio para a Copa não será capaz de construir no curto prazo de duração do evento. Para os que estão de passagem, há motivos para celebrar e para incluir a cidade no roteiro das próximas férias. “Não sei os outros, mas eu quero voltar”, revelou o australiano Arulsotwy.
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