Apesar de problemas, parques públicos de BH não afastam público

Ricardo Rodrigues - Hoje em Dia
11/08/2014 às 07:15.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:44
 (Carlos Rhienck)

(Carlos Rhienck)

Os frequentadores de sete áreas de lazer públicas das regiões da Pampulha, Oeste e Noroeste têm um desejo em comum: espaços bem estruturados e conservados, com os equipamentos necessários para diversão, atividades físicas e relaxamento.   Em busca de uma vida mais saudável, o empresário Fábio Lacerda, de 35 anos, dispensou as academias e aderiu à prática de exercícios físicos ao ar livre. “Prefiro lugares abertos, acho que essa é uma tendência, hoje. Pelo menos duas vezes por semana frequento os parques Cássia Eller (bairro Paquetá) e Pampulha (na região de mesmo nome)”, conta Lacerda.   Em contato com a natureza, ele pratica suas atividades sob a orientação da personal trainer Ana Lima, nos fins de tarde. “Exercitar no parque faz toda a diferença, é possível utilizar métodos mais funcionais do que aqueles convencionais aparelhos das academias”, explica a profissional.   O inspetor de segurança Leandro Lucchesi, de 31 anos, segue a mesma linha: joga peteca e caminha aos fins de semana nesses espaços. “No parque é muito mais sossegado”, declara.   Ele acredita que, por desconhecimento, pouca gente frequenta essas áreas. Jonatha Souza, de 23 anos, concorda com Luchesi. “Por falta de divulgação, poucos utilizam o parque, ideal para fazer piquenique com amigos”, diz o estudante de Administração, que faz caminhadas para manter a forma.   O publicitário Paulo Costa, de 50 anos, mora em frente ao Parque Ecológico Universitário. “Ter um parque bem na porta de casa é um privilégio”, diz orgulhoso. “Quando saio cedo, crianças estão brincando com as mães. É importante para elas crescerem em um espaço verde”, afirma Costa, que vai à Academia da Cidade, que fica ao lado do parque, três vezes por semana.   Com a sobrinha Sofia no colo, o comerciante Emerson Rodrigues, de 41 anos, vai sempre ao Parque Lagoa do Nado. “Gosto muito daqui. O contato com a natureza, as plantas e os animais faz bem para pessoas de todas as idades”, comenta.   “O parque precisa de mais brinquedos para as crianças, porque é o mais próximo na região”, pede Vanusia Magalhães, moradora do bairro Santa Mônica. Para o chef de cozinha Marcos Dias, de 42 anos, falta uma Academia da Cidade no local. “Hoje dá para correr, mas não dá para fazer abdominais”, observa.   Irregularidades   Nove meses após registrar vistoria de técnicos da Fundação de Parques Municipais (FPM) aos parques públicos de Belo Horizonte, o Hoje em Dia retornou a esses locais, onde problemas e irregularidades, noticiados em 2013, permanecem. São invasões dos espaços – separados por cancelas irregulares –, campos de futebol praticamente sem grama, entre outras questões.   Invasões são problemas comuns nas áreas verdes   Nos parques Lagoa do Nado (300 mil m²), Universitário (30.840 m²) e Trevo (23.940 m²), as invasões vêm de longa data e constituem um dos principais problemas a serem enfrentados pela administração pública.   No primeiro, a Fundação de Parques Municipais (FPM) não confirmou se construções irregulares, como barracões e um bar, estão dentro do parque. Conforme a FPM, ainda serão feitas, pela Prodabel, as medições dessas áreas, com equipe especializada e equipamentos próprios para números precisos. Ainda no Lagoa do Nado, não há novidades quanto ao processo que tramita na Justiça, há 16 anos, para devolução de 16 lotes por duas famílias que vivem no local, no bairro Itapoã.   Desconhecido pelos que passam diante de sua guarita, o Universitário possui nascente poluída e campo de futebol ainda explorado por particular. Tem rampas e banheiros adaptados para deficientes físicos.   No Parque Trevo, uma área é explorada comercialmente com um bar no local. Em nota, a FPM afirma que já solicitou à Regional Pampulha que faça as autuações a esses invasores, uma vez que tal procedimento não é de competência da Fundação.

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