Após 24 horas, perícia comparece a local onde homem foi morto em tiroteio

Carlos Calaes - Do Hoje em Dia
27/11/2012 às 21:23.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:43

(Hoje em Dia)

Com quase 24 horas de atraso, duas peritas do Instituto de Criminalística da Polícia Civil estiveram no encontro dos becos João Paulo II e Pássaros, no Aglomerado da Serra, para realizar a perícia no local onde o servente Helenilson Eustáquio da Silva Souza, de 24 anos, morreu baleado por volta das 16 horas do último dia 26. As peritas Flávia Aguiar e Lucy Castro foram escoltadas por agentes da delegacia de Homicídios Centro-Sul, comandads pelo delegado Breno Pardini. Segundo o delegado, a perícia só pode ser realizada na tarde desta terça-feira (27) porque o corpo da vítima - baleado na nuca por um tiro disparado pelo sargento Vítor, lotado no Grupo Especializado em Área de Risco (Gepar) da Polícia Militar - foi retirado do local e levado para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS).

Durante a tarde desta terça-feira (27), o Hoje em Dia esteve no local antes da perícia e conversou com um morador. Ele disse que a cena do crime foi totalmente descaracterizada. Além da remoção do corpo, choveu durante a noite e ele e outros moradores também já haviam lavado o sangue do local - um minúsculo playground - onde o rapaz morreu.

No cimento, havia apenas pequenas manchas esparsas de sangue. Enquanto as peritas faziam anotações e tiravam fotografias, os agentes também fizeram alguns levantamentos.

No Aglomerado, o clima continuava tenso, depois que dois ônibus foram incendiados por moradores revoltados com o crime. Na segunda-feira, os ônibus da Linha 107 não estavam circulando pelo bairro, forçando os moradores a se deslocarem pela rua Água.

 


Vários policiais ocuparam o Aglomerado da Serra nesta terça-feira (Foto: Frederico Haikal)


Em tom de revolta e até de ameaça, alguns moradores disseram que à noite ocorreriam mais ataques a coletivos. A Polícia Militar reforçou o policiamento na entrada do aglomerado.

Quanto ao crime, moradores contaram que pouco antes das 16 horas da segunda-feira, uma viatura da Polícia Militar virou da rua Água e entrou na rua Alípio Goulart descendo. Helenilson e um adolescente de 12 anos fumavam um "baseado" na esquina da rua Alípio Goulart e Beco dos Pássaros, e se assustaram.

Helenílson correu pelo beco, e, ao passar pelo sargento, foi baleado. Segundo moradores, o militar teria ficado muito nervoso "Ele parecia desesperado e saiu correndo. Parecia que tinha arrependido ou então atirou sem querer ", contou um primo da vítima.

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