Paralisação

Após assembleia, metroviários decidem manter greve em Belo Horizonte até sábado

Da Redação
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Publicado em 16/02/2023 às 12:31.Atualizado em 16/02/2023 às 12:35.
 (Fernando Michel/Hoje em Dia)
(Fernando Michel/Hoje em Dia)

A greve dos metroviários, que paralisa o serviço em BH desde quarta-feira (15), vai continuar até o Carnaval. Após assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (16) na Estação Central, o Sindicato dos Metroviários (Sindimetro) optou por manter a paralisação até o próximo sábado (18), quando deve acontecer mais uma reunião.

Mesmo após o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Regional (TRT) determinar que os metroviários mantenham escala mínima de 70% no funcionamento, as 19 estações do metrô da capital amanheceram fechadas hoje.

Durante a reunião de conciliação realizada na sede do TRT, ontem, o Ministério Público do Trabalho sugeriu a criação de um grupo especial de atuação no âmbito da Procuradoria-Geral do Trabalho, em Brasília. A ideia é abrir uma instância de diálogo com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e demais órgãos e entidades com competência decisória sobre as relações de trabalho dos empregados.

O movimento grevista reivindica o cancelamento do leilão do metrô da capital. O Grupo Comporte — que reúne empresas de transporte rodoviário e urbano de passageiros, cargas e turismos — venceu o leilão de concessão realizado em 22 de dezembro na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) com lance único de R$ 25,75 milhões.

Os metroviários reclamam de não terem sido ouvidos durante processo de elaboração do edital de concessão e lamentam também a falta de estabilidade de empregos após a privatização.

Na audiência de conciliação realizada ontem, o desembargador César Pereira Machado Júnior solicitou que os metroviários suspendam a mobilização, e determinou ainda o funcionamento de 100% do serviço de segurança metroviária, em período integral. 

Mesmo com a proposta de suspensão da paralisação, o desembargador do caso deferiu, em parte, a liminar requerida pela CBTU para definição de escala mínima, caso os metroviários decidam por dar continuidade à paralisação.

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