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Após assembleia, metroviários sinalizam para volta da greve em BH a partir de 26 de outubro

Rodrigo de Oliveira
rsilva@hojeemdia.com.br
11/10/2022 às 20:15.
Atualizado em 11/10/2022 às 20:24

Após assembleia realizada nesta terça-feira (11), os metroviários de BH decidiram pelo indicativo de greve a partir de 26 de outubro. Uma nova reunião será realizada no dia 24 para confirmar ou não a paralisação.

De acordo com o diretor de comunicação do Sindicado dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro), Pablo Henrique Ramos de Azevedo, vai depender do resultado da audiência que será realizada pelo Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais (MPT-MG).

"Se o resultado for favorável aos trabalhadores, a suspensão da greve será mantida. Caso contrário, vamos voltar com a paralisação", declarou.

Nessa segunda-feira (10), os metroviários se reuniram com Arlélio Lage, procurador-chefe do MPT-MG, para tratar das reivindicações.

Questionado sobre o que seria esse "resultado favorável", o representante do Sindimetro argumentou que a categoria deseja a suspensão do processo de privatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), para que "diversas questões sejam discutidas com mais profundidade".

"Precisamos discutir o futuro dos trabalhadores e o aumento da passagem, por exemplo. Foi falado que não haveria aumento, mas um dos anexos do edital autoriza que a passagem suba de valor", argumentou Pablo Henrique Ramos de Azevedo.

Greve do metrô de BH
A greve dos metroviários da capital teve início em 25 de agosto, um dia após o Tribunal de Contas da União (TCU) autorizar a abertura do edital para concessão do metrô.

Porém, no dia seguinte, a CBTU conseguiu uma liminar para que o sistema funcionasse com pelo menos 60% da capacidade e com maior intervalo entre as viagens.

Conforme o Sindimetro, aproximadamente 1,6 mil funcionários podem ser dispensados depois da entrega do serviço à iniciativa privada.

Em 4 de outubro, a CBTU obteve uma decisão favorável no pedido de aumento da multa diária em caso de desobediência à ordem de escala mínima de 60% da frota. Com isso, a multa subiu de de R$ 35 mil para R$ 70 mil.

Mesmo assim, os metroviários chegaram a fazer uma paralisação total na semana passada, na quarta-feira (5) e na quinta-feira (6).

No entanto, na última sexta-feira (7), o metrô de BH voltou a operar com 100% da frota.

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