Após pelo menos 12 mil pessoas se reunirem na Praça 7, no Centro de Belo Horizonte, os manifestantes marcharam em direção ao Mineirão, na Pampulha, onde será realizada a estreia da capital mineira na Copa das Confederações nesta segunda-feira (17). Ás 16 horas, o estádio recebe a partida entre Taiti e Nigéria.
A maior parte da caminhada é feita pela avenida Antônio Carlos, onde apenas a faixa sentido bairro/centro e a exclusiva de ônibus não foram ocupadas pelos protestantes.
Assim que chegarem na região da Pampulha, os manifestantes irão se encontrar com centenas de profissionais da área de educação, que também realizam um ato em frente à Igreja São Francisco de Assis, na orla da lagoa da Pampulha.
O grupo que participa da longa caminhada luta pela redução das passagens de ônibus em conjunto com todo o Brasil. A manifestação foi planejada por meio de um evento criado no Facebook e acontece ao mesmo tempo em várias outras cidades do país, como São Paulo, Natal, Belém, Campinas, Rio de Janeiro, Florianópolis, entres outras.
Manifestação dos professores
O ato dos profissionais da área de educação foi organizado pela presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Beatriz Cerqueira. O previsto é que integrantes da Polícia Civil também participem do protesto.
Durante divulgação da manifestação por meio de nota publicada no site do sindicato, a presidente fez questão de ressaltar que o movimento é contra os governantes corruptos e contra a retirada de direitos da população. "Ninguém é dono dos recentes atos de rua, o movimento é de todos, mas a unificação aglutina forças no momento que o nosso estado é vitrine com a Copa das Confederações. Não teremos outra oportunidade como essa!", cita o texto do evento.
Até o momento, os profissionais da área de educação ainda não decidiram se irão fazer uma passeata até ao Mineirão. No entanto, agentes do Batalhão de Choque da Polícia Militar estão no local para evitar que o grupo passe pelo bloqueio.
Outro ato
No último sábado (15), aproximadamente oito mil jovens movidos pela causa da redução das tarifas do transporte público fizeram outra passeata pelas ruas de Belo Horizonte. Durante a ação, que, inicialmente era apenas uma reunião de organização do protesto desta segunda, os manifestantes também pediram mais atenção dos governantes em relação a diferentes questões sociais, como segurança, saúde, meio ambiente e mobilidade urbana.
Liminar
Os protestos ganharam força e maior número de participantes após uma liminar que proíbe manifestações que causem transtorno durante os jogos da Copa das Confederações ter sido expedida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais na última quinta-feira (13).