Após desaceleração da pandemia da Covid-19, Belo Horizonte encerra, nesta quinta-feira (31), o Comitê de Enfrentamento à doença. A desmobilização do grupo - que era composto pelos infectologistas Carlos Starling, Estevão Urbano, Unaí Tupinambás e pelo ex-secretário Municipal de Saúde, Jackson Machado - ocorre junto ao fim do estado de calamidade pública em razão dos efeitos da circulação do vírus na capital. 

Mesmo diante da decisão, um dos membros que aconselhava as tomadas de decisões acredita que a administração municipal tem mecanismos para andar com as “próprias pernas”, adotando as melhores decisões. 

“Era para acabar no fim de dezembro, mas foi prorrogado por conta da variante Ômicron. Entendendo que o momento é mais confortável, mas ficamos à disposição para qualquer consulta, e a qualquer momento que a situação, eventualmente, se complicar. Mas acho que a cidade tem os mecanismos criados e desenvolvidos nos últimos dois anos para, principalmente em situações de acalmia, pode tocar sua vida com os técnicos que lá existem e que são competentes”, disse, à rádio Itatiaia, o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia (SMI), Estevão Urbano. 

Ainda assim, ele acredita que é preciso que não haja uma “mudança no foco” do combate à doença para que o cenário siga favorável. 

“O foco sempre foi o enfrentamento com muita responsabilidade. Hoje os resultados em BH são bons apesar de tantas mortes. O comitê pode nesse momento ser desmobilizado, mas é preciso o olhar antecipado para o que possa vir acontecer. Esse foco não pode acabar e acredito que não vai acabar”, concluiu. 

Em BH, a Covid matou 7 mil pessoas desde março de 2020. Também neste mesmo período, 376 mil testes positivos para o coronavírus foram registrados na capital mineira. Nesta quinta, mais de dois anos após o primeiro caso confirmado na cidade, todos os três índices que monitoram a enfermidade estão sob controle, em verde no gráfico.

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